Dois dias depois da classificação da Argélia para a Copa de 2010 e da consequente eliminação do Egito, onze policiais egípcios foram feridos hoje (20) pela manhã durante uma manifestação na embaixada da Argélia no Cairo.
Por meio de um comunicado, o Ministério egípcio do Interior informou que os manifestantes egípcios atiraram pedras e coqueteis molotov nos policiais que protegiam a embaixada. Além dos feridos, 15 carros estacionados nos arredores foram danificados, assim como quatro lojas.
O protesto diante da representação argelina começou na noite de ontem, quando 150 pessoas queimaram bandeiras da Argélia e gritando slogans contra o país.
“Deveríamos tratar a Argélia como um país que nos declarou a guerra”, insurgiu-se um manifestante, o estudante Amr Higazi, pedindo a expulsão do embaixador argelino, Abdelkader Hadjar.
Os manifestantes denunciaram as supostas agressões de torcedores egípcios por argelinos em Cartum, local do jogo, no qual a Argélia derrotou o Egito por 1 x 0, na quarta-feira, no Sudão, e se classificou para o próximo Mundial. No último sábado, o Egito havia derrotado a Argélia por 2 x 0.
Segundo as autoridades sudanesas, quatro pessoas foram feridas depois da partida. Já o ministro egípcio da Saúde, Hatem el-Gabali, mencionou 21 feridos leves.
A imprensa egípcia anunciou que pelo menos um torcedor tinha morrido nos confrontos, informação que foi desmentida pela diplomacia egípcia.
Diplomacia
As tensões entre Cairo e Argel por causa do futebol desembocaram numa crise diplomática, já que o embaixador egípcio na Argélia foi chamado para consultas. O Egito também convocou o embaixador argelino no Cairo.
A Fifa abriu uma ação disciplinar contra o Egito depois que o ônibus que levava os jogadores argelinos foi apedrejado no Cairo, antes da partida, deixando três deles feridos.
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