As principais bolsas de valores dos Estados Unidos e da América Latina tiveram desempenho negativo após a queda nos preços de commodities, a divulgação de resultados negativos da fabricante de computadores Dell e da construtora D.R. Horton, que para os investidores, foi um sinal de que a recuperação pode demorar mais que o previsto. O Dow Jones, principal indicador de Wall Street, encerrou o pregão de hoje (20) com leve desvalorização de 0,14%. O Nasdaq, da bolsa eletrônica, também fechou em baixa, com 0,50%.
Outros mercados do continente americanos tiveram queda, como o índice Merval, da Bolsa de Buenos Aires, com 0,39%; e o IPC da Bolsa do México, com 0,49%. A exceção foi o IPSA da Bolsa de Santiago, que teve valorização de 0,77%.
A Bolsa de Valores de São Paulo não operou nesta sexta-feira devido ao feriado do Dia da Consciência Negra, celebrado em parte do Brasil.
O setor de tecnologia foi um dos mais prejudicados, depois de a Dell apresentar ontem balanço trimestral pior do que o esperado. A empresa anunciou queda de 54% nos lucros e cerca de 15% de queda nas suas receitas.
O recuo dos preços das commodities, por sua vez, provocou desvalorização sobre o setor de energia.
Além de números negativos, a desvalorização das ações ocorreu porque muitos investidores optaram pela realização de lucro e venderam os papeis após a alta do mercado registrada desde março.
O dólar comercial fechou com queda de 0,11%, cotado a 1,73 real para a compra e 1,732 real para a venda.
Europa
As bolsas europeias fecharam o pregão de hoje em queda provocada pela desvalorização no setor bancário.
O FTSE-100, de Londres, encerrou em baixa de 0,31%, aos 5.251 pontos. O CAC 40, de Paris, encerrou aos 3.729 pontos, com desvalorização de 0,82%. O DAX, de Frankfurt, viu queda de 0,68% e encerrou aos 5.663 pontos. Em Madri, teve variação negativa de 1,08%. A Bolsa de Milão fechou em baixa de 1,36%.
O índice FTSEurofirst 300, que mede o comportamento dos mais importantes papéis do continente, perdeu 0,74%, indo a 1.003 pontos, menor patamar de encerramento desde 6 de novembro. No acumulado da semana, o indicador retrocedeu 1,6%, após exibir alta nas duas últimas semanas.
Pela manhã, o mercado abriu negativo por conta de rumores envolvendo supostos riscos de exposição bancária em títulos da dívida da ucraniana, mas nenhuma informação foi confirmada a respeito.
Ainda assim, as ações de bancos da região se desvalorizaram. O Credit Suisse avaliou os bancos europeus como ainda sensíveis à situação econômica gerada pela crise.
Uma notícia importante para os investidores do mercado finaneiro foi o pronunciamento do presidente do banco central europeu, Jean-Claude Trichet, anunciando a retirada de medidas de estímulo na região.
Segundo Trichet, a retirada das medidas emergenciais adotadas nos piores momentos da crise será feita de gradualmente. Ele adiantou ainda que qualquer medida não convencional cuja continuidade represente uma ameaça ao objetivo da estabilidade dos preços deve ser desfeita rapidamente.
NULL
NULL
NULL