Pela primeira vez no Brasil, o ex-candidato à presidência dos EUA Ron Paul concedeu entrevista exclusiva a Opera Mundi nesta terça-feira (09/09) durante sua participação no 1° Fórum Liberdade e Democracia em SP.
Mundialmente conhecido pela defesa da liberdade individual e pela redução da intervenção do Estado na vida da pessoas, o ex-congressista do Texas defendeu o ex-funcionário da CIA Edward Snowden, atualmente asilado na Rússia.
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“Considero Snowden um herói. Mas, se ele voltar para os EUA, ficará provavelmente preso pelo resto da vida. Isto para mim seria uma tragédia, porque ele nos contou a verdade sobre o que o governo está fazendo [espionagem] nos EUA e, mais, em outros países”, disse.
Assista à entrevista de Ron Paul à Opera Mundi TV
Ron Paul destacou também que a situação de Snowden “dividide o país”, mas acredita que a maioria dos norte-americanos acredita que “ele nos fez um grande favor”.
Sobre Cuba, o ex-congressista do Texas criticou a atual administração da Casa Branca pela manutenção da política de sanções e embargos. “Nós nunca fizemos muito para ajudar a democracia em Cuba. Pelo contrário, só a fizemos ser pior, com a política de punição e sanções. Para Paul, negociar e abrir mercado com os cubanos seria a melhor opção. “Muitas pessoas vão para Cuba. Viajam para lá. É isso que acredito que deveríamos fazer. Acabar com as sanções, fazer negócios, iniciar o diálogo. Melhor do que dizer: 'vamos punir vocês', pois essa é uma maneira de punir o povo, as pessoas. E os governantes nada sofrem”, analisa.
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Durante seu discurso no Fórum Liberdade e Democracia, Ron Paul criticou a intervenção do Estado na vida das pessoas. Perguntado se o Obamacare – programa da administração Obama para assistência de milhões de norte-americanos que não têm plano de saúde – não contrariava sua opinião sobre a ineficiência do governo, o republicano disse que o projeto nada tem a ver com resolver problemas sociais.
Opera Mundi
Ron Paul durante 1° Fórum Liberdade e Democracia SP no Teatro Net
“O Obamacare foi feito para as grandes companhias farmacêuticas, redes de drogarias e empresas de plano de saúde. Obama seria supostamente o homem do povo. Mas a verdade é que ele é o homem das grandes coorporações, da mesma forma que os republicanos, pois beneficia o setor injetando dinheiro público para pagar a conta. Liberdade e competição são as melhores formas de termos bom atendimento médico”, disse.