Atualizada em 12/03/2018 às 15:07
Em 14 de março de 1950, o FBI (Federal Bureau of Investigation) institui a lista dos “Dez Fugitivos Mais Procurados”, em um esforço de tornar público os prófugos particularmente perigosos.
A criação desse programa nasceu de uma série radiofônica noticiosa de 1949, com ampla repercussão pública, a respeito dos “caras mais difíceis” de serem capturados pelo FBI. A história atraiu tamanha atenção que o ‘chefão’ do FBI, J. Edgar Hoover, concordou em divulgar a lista no ano seguinte.
Em 2011, dos 465 criminosos incluídos na lista e que foram capturados ou localizados, 153 o foram como resultado de denúncias do público.
A Divisão de Investigações Criminais (CID) do FBI normalmente pede aos 56 escritórios distribuídos pelo território norte-americano que apresentem os candidatos a serem incluídos na lista. A CID, em parceria com o Escritório de Negócios Públicos e Congressuais, propõe então os finalistas, cujo rol passa obrigatoriamente pela aprovação do Diretor-Geral do FBI.
Wikicommons
J. Edgar Hoover foi o chefe do FBI que autorizou a divulgação da lista dos dez criminosos mais procurados
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Os critérios para a seleção são simples: o criminoso deve ter uma longa ficha criminal e condenações para serem cumpridas, o que faz dele ou dela um criminoso particularmente perigoso. E o FBI necessita acreditar que a publicidade decorrente da inclusão de determinado criminoso na lista contribuirá para a captura do prófugo.
Em geral, o único meio para um criminoso ser excluído da lista é a sua captura ou morte. Houve apenas um pequeno punhado de casos em que o fugitivo foi retirado da lista por não mais representar uma ameaça à sociedade. Por outro lado, somente oito mulheres apareceram, ao longo de todo esse tempo, no rol dos “Dez Mais Procurados”. Ruth Eisemann-Schier foi a primeira em 1968.
O FBI trabalha também estreitamente com o programa do canal de televisão Fox “Os Mais Procurados da América”, no sentido de tornar público e ampliar os esforços na captura de bandidos perigosos.