O Executivo italiano de Enrico Letta superou seu primeiro desafio após o partido do ex-primeiro-ministro Silvio Belusconi, Força Itália, deixar a coalizão governamental ao conseguir aprovar a lei de orçamento geral.
O Senado conseguiu ontem apressar a votação da lei e, nesta quarta-feira (27/11), o orçamento foi aprovado por 162 votos a favor e 115 contra. A lei será analisada agora pela Câmara dos Deputados.
Trata-se do primeiro empecilho superado pela nova maioria que apoia o governo Letta, após o Força Itália (antigo PdL, Povo da Liberdade, de direita) anunciar oficialmente que deixaria a coalizão governamental por desacordos sobre o orçamento geral de 2014.
A saída ocorre antes do Senado votar a expulsão de Silvio Berlusconi da casa após sua condenação definitiva por fraude fiscal no caso Mediaset, o que deve ocorrer ainda ensta quarta (27).
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O governo conseguiu se manter de pé graças ao apoio do Novo Centro-direita, grupo surgido do antigo partido de Berlusconi, liderado pelo vice-presidente do governo e ministro do Interior, Angelino Alfano, que conta com 30 senadores.
No entanto, a nova maioria, segundo a imprensa italiana, tem apenas seis votos a mais do que a oposição.
Ela é formada pelo PD (Partido Democrata, centro-esquerda), de Letta, pelo Escolha Cívica (centro, em apoio às medidas de austeridade) e o Novo Centro-direita. Conta com 167 senadores, enquanto a oposição, composta pelo Movimento Cinco Estrelas (independente), Liga Norte (extrema-direita) e Força Itália, mais outros pequenos grupos, somam 161 cadeiras.
Letta também poderia contar com os votos dos cinco senadores vitalícios, mas nem todos participam das votações devido à idade avançada.
A situação na Câmara, no entanto, é mais tranquila, e a nova maioria conta com 386 votos, 70 a mais que a oposição.