O governo sírio acusou neste sábado (17/05) os Estados Unidos, França e Reino Unido de apoiar “os terroristas” que operam em seu território e Israel de se opor à realização das eleições presidenciais na Síria, em 3 de junho.
O vice-ministro sírio de Relações Exteriores, Faisal Miqdad, afirmou que esses Estados estão contra as reformas realizadas pelo governo de Damasco para promover a democracia, os direitos humanos e o Estado de direito na Síria.
Agência Efe
Simpatizantes do presidente sírio, Bachar al Asad, participam de uma manifestação de apoio convocada em Damasco
“Nos surpreendeu esta libertinagem e ingerência descarada de países que pretendem ser democráticos, mas que não conhecem o significado da democracia em absoluto”, afirmou o responsável sírio, em artigo publicado no jornal libanês Al Biná.
Miqdad ressaltou que os Executivos ocidentais têm “dois pesos e duas medidas” e qualificou seus líderes de corruptos, já que, destacou, preferem tratar com Estados do Golfo como a Arábia Saudita a fazer com a Síria, para satisfazer Israel.
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Para Miqdad, as posturas dos EUA, Reino Unido e França favorecem, além disso, os “terroristas e assassinos”, como o radical Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL), o islamita Frente Islâmica e a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria.
A Síria realizará, no dia 3 de junho, eleições presidenciais. O presidente Bashar al Assad, no poder desde 2000, concorre a um terceiro mandato.
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Washington se opõe à realização das eleições porque considera não ser coerente com o plano de paz, estipulado entre a ONU e as potências mundiais, que contemplava um processo de transição e de reconciliação entre as partes enfrentadas.
A Síria enfrenta uma guerra que já dura três anos e que deixou mais de 150 mil mortos, segundo dados do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Confronto
O exército sírio afirmou ter matado pelo menos 77 “terroristas” em várias operações na província setentrional de Idlib e nos arredores de Damasco, segundo a agência de notícias oficial Sana.
Uma fonte militar disse à agência que pelo menos 50 “terroristas”, como o governo classifica membros de grupos armados opositores, faleceram em uma ofensiva militar nos arredores da população de Jan Shih, na periferia da capital.
(*) com informações da Agência Efe