Termina em 11 de outubro de 1987 a busca pelo Monstro do Lago Ness da Escócia. Um grande sonar exploratório não conseguiu detectar qualquer sinal do famigerado monstro.
Investigadores da Operação Deepscan passaram uma semana inteira no lago usando modernos equipamentos avaliados em mais de um milhão de libras esterlinas a fim de esquadrinhar Lago Ness. Uma flotilha de 24 barcos, três deles utilizando aparelhos de sonar, perscrutou cada detalhe do fundo do lago, mas nada do monstro.
Chegaram a detectar algo de maior porte nas águas nas cercanias do castelo de Urquhart que, em princípio, parecia ser uma foca ou um cardume de salmões.
O chefe da operação, Adrian Shine, que andara à procura do “Nessie”, como o ‘monstro’ do Lago Ness era popularmente conhecido, durante anos a fio, afirmou à BBC: “Penso que se formos levar em conta a quantidade de peixes que testemunhas oculares juraram que era o monstro, nós encheríamos o maior aquário do mundo”.
A lenda do monstro, na verdade, data do século 6, mas foi somente nos anos 1930 que se transformou num mito. Em 1933, o senhor e a senhora George Spicer contaram a jornalistas terem visto um monstro que, segundo eles, media de 12 a 15 metros de comprimento, cruzando a estrada perto do lago. “Embora eu tivesse acelerado meu carro em direção a ele, o monstro desapareceu rapidamente imerso no lago assim que cheguei ao local”, afirmou.
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Desde então, inúmeras foram as visões do monstro, porém nenhuma delas pôde ser documentada e se mostraram falsas ou enganosas.
Nos anos 1970, uma fotografia tomada pelo doutor Robert Rhines atraiu a atenção de todo o mundo. A foto parecia mostrar uma aleta ou a cauda do monstro. O animal da foto chegou a receber do famoso naturalista Peter Scott um nome científico: “Nessiteras Rhombopteryx”. Publicada na capa da prestigiosa revista Nature, o nome dado à criatura significava “Fenômeno Ness com a cauda em forma de diamante”.
Todavia, não levou muito tempo para que pessoas céticas ressaltassem que o nome era também um anagrama: “Monster hoax by Sir Peter S” (a fraude do monstro por Sir Peter S.). Mais tarde revelou-se que a imagem havia sido produzida por computador. A maioria das testemunhas descrevia o animal como tendo um longo pescoço, dando asas à teoria de que se tratava de um réptil pré-histórico – um plessiosauro – vivendo no lago
Diversas fotos do monstro do lago foram publicadas ao longo dos anos. Em 1994, a mais famosa delas, tomada pelo coronel Robert Wilson em 19 de abril de 1994, revelou ser uma completa fraude.
Inúmeras pesquisas por sonar foram feitas ao longo do tempo. Mesmo depois de oficialmente concluídas as buscas em 11 de outubro de 1987, um programa levado a cabo pela TV BBC em julho de 2003 exibiu uma extensa busca empregando-se cerca de 600 sonares, mas nada foi encontrado.