As forças antiterroristas do Iraque tomaram nesta quinta-feira (20/10) o controle do centro da estratégica cidade de Bartala, situada a cerca de oito quilômetros a leste de Mossul, último grande bastião do grupo EI (Estado Islâmico) no país, como informou o chefe das operações conjuntas, o comandante Taleb Shaghani.
Shaghani afirmou que essa cidade é estratégica porque era considerada a principal linha defensiva do EI na região e porque por ela passa a principal via de comunicação rumo a Mossul.
Na última terça-feira (18/10), o Pentágono disse ter informações que comprovavam que a cúpula de liderança do EI está abandonando a cidade de Mossul.
Agência Efe
Forças curdas, os 'peshmergas' são maioria entre os combatentes das forças especiais iraquianas contra o EI
“Vimos movimento de saídas desde Mossul. Para onde vão, disso vão cuidar nossos soldados que marcam os objetivos”, disse o comandante da operação norte-americana contra o EI no Iraque e na Síria, o general de divisão Gary J. Volesky, que não quis especificar o número de líderes que saíram da cidade.
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Xiitas e sunitas
A presença de milícias xiitas na ofensiva em Mossul, no norte do Iraque, região maioritariamente sunita do Curdistão iraquiano, no entanto, está desagradando a Turquia e levantando receios de eventual tensão entre as duas fações islâmicas.
Em Paris, numa reunião internacional para abordar a operação em curso, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano, Ibrahim al Jaafari, garantiu não haver nada a temer pela proximidade de xiitas e sunitas.
Ele ressaltou ainda que a libertação da cidade de Mossul do EI está indo “mais rápido do que o previsto” e elogiou a união de todos os iraquianos, xiitas e sunitas, numa operação em que, “pela primeira vez em 25 anos, as forças federais iraquianas entraram no território do Curdistão com autorização das autoridades e governo curdos”.