Tanto a MUD (Mesa da Unidade Democrática) quanto o PSUV (Partido Socialista Unido de Venezuela) convocaram para esta quarta-feira (26/10) manifestações em Caracas contra e a favor, respectivamente, do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda e um dos líderes da MUD, chamou manifestações nas principais capitais do país para protestar contra a decisão do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) de suspender o processo do referendo revogatório do mandato de Maduro, previsto para acabar em 2019.
Agência Efe
Manifestação em Caracas, nesta terça-feira, em apoio a Maduro
Em contrapartida, Diosdado Caballo, vice-presidente do PSUV — partido de Maduro —, também convocou uma manifestação na capital para esta tarde em apoio ao mandatário e “em defesa da Revolução”. Ambos grupos se programaram para finalizar suas respectivas marchas na estrada Francisco Fajardo.
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As manifestações pró-governo devem continuar nas capitais de outros Estados do país nos próximos dias.
Metrô de Caracas fecha dez estações
O metrô de Caracas anunciou que irá fechar temporariamente dez estações — Chacaíto, Chacao, Altamira, Miranda, Los Dos Caminos, Los Cortijos, California, La Paz, Bello Monte e Cidade Universitaria — devido às manifestações. Segundo o Twitter do serviço, a decisão do fechamento foi tomada “em resguardo dos usuários, funcionários e instalações” do metrô.
Agência Efe
Henru Ramos Allup, presidente da AN e integrante da MUD, participa de manifestação contra Maduro nesta quarta
Outras manifestações
Mobilizações pró-governo vêm ocorrendo desde que a Assembleia Nacional, dominada pela oposição, realizou um pedido de referendo revogatório contra Maduro no início deste ano. Após esse momento, protestos da oposição também foram organizados em apoio à AN — destituída de poderes em setembro pelo Tribunal Supremo de Justiça do país.
A tensão entre ambos grupos voltou a escalar após o CNE suspender o processo do referendo revogatório, na sexta-feira (21/10).
As últimas manifestações partiram dos apoiadores de Maduro que, no domingo (23/10), invadiram a Assembleia Nacional e ontem foram às ruas novamente, marchando em direção ao Palácio de Miraflores, para “defender o legado de Hugo Chávez”, ex-presidente venezuelano.