Um homem ficou ferido depois de ser atingido por um tiro durante a madrugada deste sábado (12/11) em um protesto em Portland, Oregon, onde centenas de pessoas saíram às ruas para mostrar rejeição à escolha de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Em comunicado, o Departamento de Polícia de Portland informou que a vítima, que não foi identificada, ficou ferida na ponte Morrison da cidade de Portland por volta das 00h45 local (05h45, em Brasília) enquanto os manifestantes interroperam o tráfego para continuar com a manifestação.
Um homem que passava com seu veículo pela ponte enfrentou os manifestantes, sacou uma arma, disparou em múltiplas ocasiões e atingiu uma vítima, que ficou levemente ferida e foi levada a um hospital próximo, segundo a polícia local, que segue na busca pelo agressor.
O fato ocorreu após fortes protestos em Portland nos quais a polícia usou gás lacrimogêneo para responder aos “projéteis” que os manifestantes lançaram em várias ocasiões contra os uniformizados, afirmou o Departamento de Polícia em sua conta da rede social Twitter.
Na noite de sexta-feira (11/11), carros foram depredados e alguns manifestantes jogaram objetos contra a polícia, que, por sua vez, respondeu com spray de pimenta e balas de borracha para forçar a dispersão. A polícia disse ter prendido 26 pessoas.
Reprodução / Twitter
Manifestantes com mensagens contra Donald Trump e Mike Pence: “Sem imigração, Trump não teria esposas”
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Nas grandes cidades dos Estados Unidos, continuaram na noite desta sexta-feira (11/11) as manifestações do movimento “Not my president” (“Não é meu presidente”), um lema que nasceu como hashtag no Twitter quando foi revelado o surpreendente resultado eleitoral na madrugada desta quarta-feira (09/11).
Em Miami, cerca de 3 mil de pessoas participaram de uma manifestação contra o presidente eleito, após uma convocação pelas redes sociais com o rótulo #NotMyPresident. Em Nova York, a manifestação foi novamente diante da Trump Tower, onde o republicano mora.
As manifestações anti-Trump atingiram mais de 20 cidades, como Los Angeles (Califórnia), Chicago (Illinois) e Nova York, onde centenas de pessoas se concentraram nesta sexta-feira no Washington Square Park, um parque do sul de Manhattan. O movimento ainda convocou protestos em Las Vegas, Los Angeles e Chicago para o fim de semana, além de um protesto no dia 20 de janeiro, data da posse do republicano.
Após dizer que os manifestantes haviam sido “incitados” pela imprensa, Trump mudou o discurso na sexta-feira e saudou os protestos.
Just had a very open and successful presidential election. Now professional protesters, incited by the media, are protesting. Very unfair!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de novembro de 2016
“Acabo de passar por uma eleição muito aberta e bem sucedida. Agora manifestantes profissionais, incitados pela mídia, protestam. Muito injusto”, escreveu no Twitter durante a noite.
Love the fact that the small groups of protesters last night have passion for our great country. We will all come together and be proud!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de novembro de 2016
Algumas horas depois, o presidente eleito escreveu: “Eu adoro o fato de que um pequeno grupo de manifestantes na noite passada demonstrou ter amor por nosso grande país. Nós vamos todos nos unir e ter orgulho”.
Grande parte das manifestações ocorreram em locais nos quais a candidata presidencial do Partido Democrata, Hillary Clinton, ganhou de Trump com amplas margens.
Barricadas de segurança agora protegem algumas das propriedades mais visíveis de Trump, como o recém-inaugurado Trump International Hotel, perto da Casa Branca, e a Trump Tower em Nova York.
(*) Com agências