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Na Aula Pública, Antônio Martins discute o futuro do jornalismo em tempos de crise
O jornalismo deve compreender que as velhas estruturas de parlamentos, partidos políticos e economia não são capazes de atender às expectativas e entender o desejo de participação da sociedade. Sem esta percepção, não poderemos constituir uma Comunicação articuladora de sentidos, com novos parâmetros de participação cidadã. Esta é a análise do editor do site Outras Palavras, Antônio Martins, ao discutir o Jornalismo em Tempos de Crise, na Aula Pública Opera Mundi.
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“A imprensa precisa buscar o novo. Diante do impasse civilizatório em que vivemos, precisamos dar contribuições no campo da Comunicação, construindo também um novo jornalismo. A mudança não será articulada nas redações industriais – modelo que marcou o último século, com centenas de jornalistas sob a coordenação de editores. Agora temos uma nova realidade: a sociedade em rede. Ou seja, temos cidadãos bem formados, capazes de dar opiniões relevantes sobre aspectos da vida social. Temos cidadãos munidos de aparatos tecnológicos, capazes de fazer cobertura de fatos concretos. O grade desafio é: a partir dessas redes, como desenvolver a articulação de comunicadores que querem se envolver na comunicação pública, criando um novo jornalismo, democrático e verdadeiro”, analisa Antônio Martins.
Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Antônio Martins: qual o papel do jornalismo em tempos de crise?
No segundo bloco da Aula Pública, Antônio Martins responde perguntas do público na FESPSP
Na Aula Pública, realizada na FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Antônio Martins defende que a Comunicação deve trabalhar para resolver os impasses e as polarizações que a sociedade vive. No entanto, a questão fundamental frente à perspectiva de mudança é “como fazer”.
“Devemos resgatar a tradição Iluminista do jornalismo. Isso significa essencialmente a concretização de uma ideia de que as sociedades têm o direito de decidir coletivamente um futuro comum. Não cabe aos mercados e aos soberanos decidir unilateralmente o futuro de todos. Os grandes problemas que vivemos só serão resolvidos positivamente se tivermos uma sociedade capaz de compreender como o jornalismo precisa enxergar e narrar os fatos com profundidade aos cidadãos. Portanto, o jornalismo transformador deve se esforçar para enxergar os dilemas de grande relevância para a sociedade e mostrar alternativas, ao mesmo tempo, compreender a crise da modernidade”, analisa Antônio Martins.
Aula Pública Opera Mundi:
Coordenação: Haroldo Sereza
Produção: Dodô Calixto
Edição de vídeo: Daniela Stéfano
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