A Câmara dos Representantes da Colômbia referendou nesta quarta-feira (30/11), por maioria absoluta, o acordo de paz assinado no dia 24 de novembro entre o governo e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que foi aprovado na terça, também de forma esmagadora no Senado.
Com 130 votos a favor, o plenário da câmara aprovou o segundo acordo feito pelas partes para encerrar os 52 anos de conflito armado e agora o caminho fica livre para proceder sua implementação.
.@CamaraColombia aprueba refrendación del #NuevoAcuerdo. Gratitud con Congreso por histórico respaldo a esperanza de paz de los colombianos https://t.co/5x9hqz0mNM
— Juan Manuel Santos (@JuanManSantos) 1 de dezembro de 2016
“Gratidão com Congresso pelo histórico respaldo a esperança de paz dos colombianos”, escreveu o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em sua conta no Twitter.
A bancada do partido opositor Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, se retirou da discussão no momento da votação.
Agência Efe
Câmara dos Representantes aprovou acordo de paz com FARC em sessão nesta quarta-feira
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Enquanto isso, o ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, disse também pelo Twitter que com 130 votos a favor e nenhum contra, fica aprovado o novo acordo de paz com o que “está referendado e pronto para a implementação”.
A aprovação no legislativo veio em meio a um debate onde a voz do governo, liderado pelo negociador-chefe, Humberto de la Calle, reiterou que ao novo acordo foram incorporados “o maior número possível de mudanças, 57 das 60 propostas”.
Comemorando a aprovação do Congresso, Santos disse que quarta-feira foi “o Dia D” para a Colômbia e que agora começa o processo “pós-acordo”. Nesta fase, serão implementados os itens negociados, como a entrega de armas pelos guerrilheiros. Será cumprido um cronograma para que, até o dia 30 de dezembro, todos os membros das FARC estejam em uma “zona de transição”, onde será feito o recolhimento das armas.
O presidente Juan Manuel Santos, e o líder das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, assinaram no dia 24 de novembro, no Teatro Colón, em Bogotá, o texto em discussão, onde foram incorporadas a maioria das propostas do “não”, opção vencedora do referendo realizado no dia 2 de outubro, quando foi rejeitado o primeiro acordo.