O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (08/01) sua decisão de aumentar em 50% o salário mínimo mensal, elevando-o de 27.092 a 40.638 bolívares, equivalentes a cerca de U$ 60 segundo a taxa oficial de câmbio mais alta (678 bolívares por cada dólar).
Durante seu programa semanal de televisão, o chefe de Estado afirmou que este aumento salarial é o primeiro do ano, mas o quinto que ordena nos últimos 12 meses, acumulando um aumento anualizado de 536%.
Neste período se aprofundou a crise econômica na nação petrolífera, com uma disparada inflação que fechou 2015 em 180,9% e se aguçou em 2016.
Agência Efe
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante seu programa semanal de televisão neste domingo (08/01)
Maduro detalhou que estes 40.638 bolívares também serão recebidos por todos os aposentados do país, mais de três milhões de pessoas segundo dados do governo, e que o aumento de 50% será aplicado em toda a escala salarial dos funcionários públicos.
Também antecipou que “nos próximos dias” subirá o valor da unidade tributária e, em consequência, aumentará o montante do benefício de alimentação mensal que está atualmente em 63.720 bolívares.
NULL
NULL
A partir deste mês de janeiro, quando se tornará efetivo o aumento decretado por Maduro, milhões de empregados do setor público e privado na Venezuela terão direito a uma renda integral de 104.358 bolívares por mês, equivalentes a cerca de US$ 154 (R$ 495).
Entre outras coisas, o presidente venezuelano também disse hoje que seu governo trabalhará para levar a taxa de desemprego a 4,5% e subir o índice de emprego formal de 62% a 70%.
“Enquanto houver esta guerra econômica seguiremos (…) para buscar uma harmonia e que a família venezuelana possa defender-se, enquanto vamos estabilizando as coisas”, acrescentou.
A Fedecámaras (Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção da Venezuela) pronunciou-se contra o aumento anunciado pelo presidente venezuelano. Segundo a associação patronal, estes aumentos anunciados “de maneira inconsulta” pelo Executivo podem levar à redução dos postos de trabalho e ao fechamento de empresas que não possam arcá-los.