A infanta Cristina, irmã do rei Felipe VI, foi absolvida nesta sexta-feira (17/02) pela Justiça espanhola enquanto seu marido, Iñaki Urdangarin, foi condenado a seis anos e três meses de prisão por um caso de corrupção. O tribunal absolveu Cristina por unanimidade dos dois delitos fiscais pelos quais era acusada como cúmplice, por ser coproprietária da empresa com a qual Urdangarin desviou cerca de 337 mil euros da Fazenda Pública em 2007 e 2008.
As sentenças, anunciadas pelo Tribunal de Justiça de Palma (Ilhas Baleares) que os julgou junto com outras 15 pessoas por desvio de fundos públicos, entre outros crimes, podem ser apeladas à Corte Suprema. Após a divulgação da sentença, a Casa do Rei expressou seu “respeito absoluto à independência do Poder Judiciário” espanhol.
Além da pena de prisão, menor que a sugerida pelo promotor Pedro Horrach, que havia pedido 19 anos e 6 meses de prisão, Urdangarin também deverá pagar uma multa de 512.553 euros. Segundo a Justiça, a pena é menor devido ao atenuante de “dano reparado” e a absolvição das acusações de falsificação de documentos comerciais e lavagem de dinheiro. O sócio de Urdangarin, Diego Torres, e o ex-presidente das Ilhas Baleares, Jaume Matas, também foram condenados a oito anos e seis meses e três anos e oito meses de prisão, respectivamente.
Agência Efe
Infanta Cristina e seu marido, Iñaki Urdangarin; ela foi absolvida e ele condenado a seis anos de prisão por desvio de fundos públicos, entre outros crimes
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Através de um porta-voz, o Palácio da Zarzuela fez este pronunciamento sobre uma sentença a qual cabe recurso à Corte Suprema. Os acusados e a promotoria terão cinco dias para apresentar um recurso. Além disso, as partes podem solicitar uma audiência para decidir sobre a prisão imediata, se houver um risco de fuga, os três condenados à prisão: Urdangarin, Torres e Matas.
O Tribunal de Justiça de Palma (Ilhas Baleares) anunciou sua decisão, que condena Urdangarin por enriquecimento com fundos públicos através da trama corrupta de contratação organizada pelo Instituto Nóos, a associação sem fins lucrativos que ele presidia.