Cynthia Viteri, candidata à Presidência do Equador pelo PSC (Partido Social Cristão), declarou neste domingo (19/02), após o encerramento da jornada eleitoral no país, que irá apoiar Guillermo Lasso, do movimento conservador Creo, em um possível segundo turno com Lenín Moreno, candidato da Aliança País.
Com 89,5% dos votos apurados, Viteri tem 16,28% e permanece em terceiro lugar na disputa ainda não finalizada entre Lenín e Lasso, que têm 39,11% e 28,34%, respectivamente. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do Equador declarou nesta segunda-feira (20/02) que o país saberá até a próxima quinta-feira (23/02) se Lenín, candidato de Rafael Correa, vencerá as eleições presidenciais no primeiro turno ou se precisará disputar um segundo com o oposicionista Lasso no dia 2 de abril.
“Votaremos pela candidatura do senhor Guillermo Lasso”, declarou Viteri. “Quero esclarecer, além disso, diante de todo o país, que o PSC não será parte de nenhum governo vindouro. Que isto fique claro neste momento e nos próximos quatro anos do novo governo”, afirmou.
Pese a campaña sucia de la que hemos sido víctimas, insultos y expresiones rechazando alianzas, votaremos por la candidatura del Sr. Lasso.
— Cynthia Viteri (@CynthiaViteri6) 20 de fevereiro de 2017
Além de Viteri, ficarão de fora de um possível segundo turno os candidatos Paco Moncayo, da aliança Acordo Nacional pela Mudança, que no momento tem 6,79% dos votos computados; Dalo Bucaram, do movimento Força Equador, filho do ex-presidente deposto Abdalá Bucaram (1996-1997), com 4,76%; Iván Espinel, do movimento Força Compromisso Social, com 3,19%; Patricio Zuquilanda, do PSP (Partido Sociedade Patriótica), com 0,77%; e Washington Pesántez, do Movimento União Equatoriana, com 0,76%.
Agência Efe
Cynthia Viteri, do PSC (Partido Social Cristão), ao votar neste domingo (19/02); ela já declarou apoio a conservador Guillermo Lasso em possível segundo turno
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Paco Moncayo, candidato da aliança de esquerda formada pela Esquerda Democrática, Centro Democrático, Unidade Popular e Movimiento de Unidade Plurinacional Pachakutik, afirmou na noite de domingo que não apoiará nenhum candidato em um possível segundo turno. Nesta segunda-feira (20/02), Moncayo postou em seu perfil no Twitter um comunicado do Acordo Nacional pela Mudança afirmando que cada organização partidária da aliança poderá decidir “de acordo com seus procedimentos democráticos internos” sobre se apoiar algum candidato.
Esta es la posición del Acuerdo Nacional por el Cambio ante los resultados de las elecciones pic.twitter.com/kFBCylEzKh
— Paco Moncayo G. (@PacoMoncayo) 20 de fevereiro de 2017
Divulgação / Facebook
Paco Moncayo, da aliança de esquerda Acordo Nacional pela Mudança, disse que não apoiará nenhum candidato
Dalo Bucaram, do Força Equador, convocou seus eleitores nesta segunda-feira (20/02) a ocupar os escritórios do CNE em todo o país. “Temos que ser leais com nosso povo e exigir que se respeite a democracia, não podemos permitir que façam do Equador o mesmo que na Venezuela”, escreveu em seu perfil no Twitter. Ele ainda não declarou apoio a nenhum candidato em um possível segundo turno, mas convocou Lasso e Moncayo a acompanhá-lo no CNE de Guayaquil.
Sres @LassoGuillermo @jaimenebotsaadi @ramiroaguilart @PacoMoncayo al CNE a defender la democracia estaré luchando LOS ESPERAMOS #FUERZAYFE
— Dalo Bucaram (@daloes10) 20 de fevereiro de 2017
Iván Espinel, médico com mestrado em Administração que se apresenta como “político a serviço do povo equatoriano e soldado de Cristo”, indicou nesta segunda-feira que está aberto a negociar seu apoio com os candidatos que passem ao segundo turno. “Não é uma questão de estar a favor ou contra alguém, trata-se de ver onde cabem nossas propostas”, disse em entrevista a uma rádio equatoriana nesta manhã. “Colocaremos nossas propostas às ordens dos candidatos do segundo turno”, acrescentou.
No es cuestión de estar a favor o en contra de alguien, se trata de ver dónde caben nuestras propuestas. #ahora en @radioi99
— Iván Espinel (@IvanEspinelM) 20 de fevereiro de 2017
Zuquilanda, do PSP, irá apoiar Guillermo Lasso, indicou o líder da sigla, Lucio Gutiérrez, neste domingo (19/02). O candidato presidencial destacou que 60% dos eleitores não votaram no candidato do governo Correa. “Se tivéssemos conseguido a unidade [entre a oposição], a Aliança País estava em casa”, escreveu em seu perfil no Twitter.
SOCIEDAD PATRIOTICA NUEVAMENTE con razón: la oposición saca más del 60% Si conseguiamos la Unidad, Alianza País estaba en su casa.
— Patricio Zuquilanda (@ZuquilandaDuque) 20 de fevereiro de 2017
Pesántez, do Movimento União Equatoriana, que se autodefine progressista, mas se mantém distante da Aliança País e da oposição ao governo, criticou nesta segunda-feira (20/02) a “incerteza” sobre o resultado da votação deste domingo e sobre a realização de um segundo turno. “O CNE deve garantir a transparência neste processo eleitoral, qualquer incerteza ou dúvida deve ser descartada”, escreveu, ainda sem manifestar se apoiará algum candidato em uma possível uma nova rodada de votação.
1/2 La voluntad del pueblo #ecuatoriano es sagrada y debe respetarse. ¡Es inadmisible q las encuestadoras mantengan esta incertidumbre!.
— Washington Pesántez (@pesanteztwof) 19 de fevereiro de 2017