O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria de dois atentados com bomba realizados neste domingo (09/04) contra duas igrejas coptas do norte do Egito, que causaram a morte de pelo menos 33 pessoas e deixaram outras 77 feridas.
Em um comunicado difundido nas redes sociais, e cuja veracidade ainda não pôde ser comprovada, a Amaq, agência de notícias do grupo extremista, afirma que o ataque foi lançado por um “grupo de segurança pertencente ao Estado Islâmico”.
Em um primeiro ataque contra o templo de Mar Guergues (São Jorge, em árabe), na cidade de Tanta, que fica 120 quilômetros ao norte do Cairo, 22 pessoas morreram e 41 ficaram feridas por uma explosão quando participavam de uma missa em comemoração ao Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa.
Pouco depois, um segundo atentado com bomba contra a catedral de São Marcos, na cidade litorânea de Alexandria, causou a morte de mais 11 pessoas e ferimentos em 36, informou o Ministério da Saúde egípcio em um comunicado.
Agência Efe
Multidão diante da igreja de Mar Guergues, em Tanta, após explosão que deixou 22 mortos e mais de 40 feridos
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Os ataques acontecem 20 dias antes da visita do papa Francisco ao Egito, que está prevista para os dias 28 e 29 de abril, a primeira viagem do pontífice argentino ao Oriente Médio.
No dia 11 de dezembro, 28 fiéis da minoria cristã copta morreram em um atentado cometido por um suicida contra uma igreja situada próxima da catedral do Cairo, no bairro de Abbassiya.
O braço egípcio do Estado Islâmico também reivindicou a autoria daquele atentado.
O Egito sofreu vários atentados desde o golpe militar de 3 de julho de 2013, que derrubou o então presidente, Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, e levou ao poder o atual presidente, Abdul Fatah al Sisi. A grande maioria desses ataques, até agora, estava voltada contra as forças de segurança, especialmente na península do Sinai.
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*Com Agência Efe