A constante chegada de imigrantes à Itália fez com que o número de “ambulantes” nas maiores cidades do país aumentasse 30% nos últimos quatro anos, informou em um relatório da União Italiana das Câmaras de Comércio, Indústria, Artesanato e Cultura (Unioncamere-Infocamere). O relatório analisou as empresas formais que abriram no país, mas que não têm sede fixa – por isso, a referência ao termo “ambulante”.
O estudo concluiu que a cidade de Nápoles, no sul do país, é a recordista no número de comércios de rua, que registraram forte crescimento também em Roma e em Milão entre 2012 e 2016.
Em números totais, o número de empresas estrangeiras aumentou em 24 mil unidades, o que levou o setor do comércio a ter um saldo positivo na geração de 15 mil empregos (alta de 8,3%). A pesquisa ainda mostrou que caiu o número de empresas criadas por estrangeiros com menos de 35 anos, que foram cerca de 1,8 mil nos últimos quatro anos.
Massimiliano Purpura / Flickr CC
Maioria de empresas abertas por estrangeiros na Itália consiste em bancas de comércio ambulante, espalhadas pelas cidades do país
NULL
NULL
O setor mais representado nas bancas de comércio ambulante pelo país é o setor de tecidos e artesanatos, com 51.646 empresas registradas. E, apesar dos marroquinos ainda representarem o maior número de empreendedores do país, com 40.189 empresas, os recém-chegados de Bangladesh registraram o maior boom de registros, com 6.659 ambulantes a mais entre 2012 e 2016, totalizando 15.213 empresas no total.
A população marroquina na Itália é a segunda que mais obteve a cidadania italiana nos últimos anos e eles são o povo estrangeiro que mais tem seus cidadãos morando no país, com cerca de mais de meio milhão de moradores.
Apesar de aparentar, a imigração dos marroquinos não tem a ver com o fluxo migratório que vem pelo Mar Mediterrâneo – em acentuado aumento nos últimos quatro anos. No entanto, também pelas vias marítimas, a Itália recebe milhões de estrangeiros que vêm, sobretudo, de países do norte da África.