Atualizada às 17h35
Em entrevista à TV argentina nesta quinta-feira (25/05), a ex-presidente Cristina Kirchner fez duras críticas ao atual governo de seu país, liderado por Mauricio Macri, e também não poupou Michel Temer, presidente do Brasil, classificado por ela como “um farsante cafona”.
Cristina também disse que “se for necessário” que ela seja candidata nas eleições legislativas em outubro para que a oposição a Macri se fortaleça no Congresso, ela se dispõe a entrar na disputa.
Na entrevista que foi ao ar no canal C5N, a ex-presidente convocou toda a oposição a “construir a unidade para frear” a política econômica do governo Macri. “Se for necessário que eu seja candidata para [a oposição] ter mais votos, eu sou. Se há outro candidato ou candidata que possa garantir a vitória e quando se sente na bancada vote como deve votar, que sejam bem-vindos”, disse Cristina.
Facebook / Cristina Fernández de Kirchner
A ex-presidente Cristina Kirchner durante a gravação da entrevista que foi ar na emissora de TV C5N na noite de quinta-feira (25/05)
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A ex-presidente disse que é necessário decretar “emergência alimentar” e “farmacológica” na Argentina devido ao aumento dos preços no último ano e meio e propôs que o Estado intervenha na cadeia de produção para reduzir os preços destes itens essenciais. Segundo Cristina, o papel do Estado “não é intervir contra os poderosos”, mas “a favor dos que mais necessitam” para “equilibrar a balança”.
Cristina também criticou o aumento da pobreza no país, que, de 28% no fim de seu mandato, passou a atingir 32% da população argentina em 2017, e disse que Macri “está protagonizando um formidável calote eleitoral”. “Não só não estão cumprindo suas promessas, como também fazem o contrário do que disseram que iriam fazer”, disse a ex-presidente.
Ela também falou sobre a crise política no Brasil e disse que Temer é “um palhaço desastroso”. “Olha o que está acontecendo no Brasil, esse farsante cafona que têm como presidente. Um dia chama as Forças Armadas para reprimir, mas no dia seguinte retira o decreto. É um escândalo”, afirmou.