Um ataque hacker derrubou sites do governo ucraniano e de várias empresas europeias nesta terça-feira (27/06). Aeroportos, bancos e empresas multinacionais foram vítimas do ataque, classificado pelo conselheiro do ministro do interior da Ucrânia, Anton Gerashchenko, como “o maior da história” do país.
Entre as principais empresas afetadas estão a principal produtora de petróleo da Rússia, a Rosneft, a transportadora dinamarquesa Maersk e a multinacional WPP, escritório de publicidade britânico.
O Grupo-IB, empresa de segurança digital sediada na Rússia, afirmou que o ciberataque pretendia atingir alvos na Rússia e na Ucrânia.
O Banco Central ucraniano relatou que bancos públicos e comerciais também foram afetados, porém não informaram quais instituições sofreram ataques. “Como resultado desses ataques virtuais, esses bancos estão tendo dificuldades com serviços aos clientes e operações bancárias”, disse a entidade.
Agência Efe
Ataque hacker atingiu empresas na Europa nesta terça-feira (27/06)
NULL
NULL
Sobre mecanismos de defesa, o BC afirmou que “está confiante de que a infraestrutura de defesa bancária contra fraude virtual está adequadamente estabelecida e tentativas de ataques contra os sistemas de TI dos bancos serão neutralizadas”.
Além do Banco Central, a Ukrtelecom, empresa ucraniana de comunicações e o State Savings Bank of Ukraine, também foram atingidos pelo ataque e tiveram seus sistemas violados.
Yevhen Dykhne, diretor do Aeroporto de Boryspyl, disse que “devido à conexão irregular, alguns atrasos nos voos são possíveis”, diante do ataque sofrido por uma das distribuidoras de energia para o aeroporto. A alimentação de energia do aeroporto de Kiev também foi interrompida.
Sistemas internos de lojas e alguns mecanismos do metrô ucraniano também foram atingidos.
Gerashchenko, conselheiro do ministro do interior da Ucrânia, disse que as interrupções de hoje foram causadas por uma variante do “Wanna Cry”, um vírus que em maio bloqueou mais de 200 mil computadores em mais de 150 países. O conselheiro também afirmou que “o objetivo final era desestabilizar a economia e a consciência pública da Ucrânia” e acusou forças russas de coordenarem o ataque.