A representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), órgão da ONU para refugiados, María Clara Martin, disse nesta terça-feira (11/07) que o Equador é “líder mundial” no tratamento a refugiados. Participando da mesa de trabalho de Política Exterior na chancelaria equatoriana, ela afirmou que outras nações deveriam seguir o exemplo.
“Todas essas práticas, todas essas formas do Equador tratar os refugiados fazem que ele seja, nesse momento, um líder mundial”, disse Martin, reforçando que “o Equador é um líder nesses temas e tem muito a que ensinar a outros países na região e ao mundo também”.
A representante ainda apontou para os benefícios que a postura do país pode trazer, afirmando que “a inclusão de refugiados traz receitas ao país. Ter os refugiados em acampamentos como existem em muitos outros países não é rentável, pois eles ficam presos, não consomem, não trabalham, não podem fazer nada. Não é bom para eles nem para o país”.
ANDES/Micaela Ayala V
Para María Clara Martin, Equador é modelo a ser seguido na questão dos refugiados
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Como exemplo, Martin destacou a situação do Equador e disse que “receber os refugiados como o Equador, em uma situação de integração total onde podem trabalhar, onde podem consumir, onde podem associar-se com equatorianos para trabalhar, trazer receitas ao país e desenvolver a economia”.
Para José Luis Jacomé, vice-ministro de Mobilidade Humana do Equador, que compunha a mesa ao lado de Martin, os direitos dos refugiados devem ser garantidos pelo país que o recebe. “Todas as pessoas em situação de mobilidade humana no exterior devem ter direito a acessar serviços sociais e programas do governo em países no exterior e as pessoas de outras nacionalidades no Equador, qualquer que seja sua situação migratória, também têm o mesmo direito”, afirmou Jacomé.
O vice-ministro ainda comentou a deportação ocorrida em junho de um grupo de equatorianos que viviam de forma irregular nos EUA e disse que “as pessoas deportadas sofrem um trauma, vêm praticamente expulsos de um país. Nossos irmãos equatorianos devem saber que são bem-vindos na sua pátria”.