O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (02/08) um projeto de lei aprovado pelo Congresso que endurece as sanções contra a Rússia. O texto, que também atinge Coreia do Norte e Irã, foi considerado “falho” pelo mandatário.
O texto reforça as sanções contra Moscou devido à suposta interferência nas eleições de 2016 nos EUA (negada pela Rússia), as ações na Ucrânia e na Síria, e as violações de direitos humanos, e limitaria a capacidade de Trump de suspendê-las sem a autorização do Congresso.
Em um comunicado, Trump reclamou do texto. “Hoje, assinei a lei HR 3364, o ‘Ato para Conter Adversários dos EUA por Meio de Sanções’. Apesar de ser a favor de medidas duras para punir e deter comportamentos agressivos e desestabilizadores de Irã, Coreia do Norte e Rússia, essa legislação é significativamente falha”, disse.
Agência Efe
Mesmo dizendo que texto é 'falho', Trump assinou reforço de sanções contra Rússia
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“Mesmo apesar de seus problemas, estou assinando essa lei pela unidade nacional. Ela representa o desejo do povo norte-americano de ver a Rússia tomando medidas para melhorar suas relações com os Estados Unidos. Espero que haja cooperação entre nossos dois países nos grandes assuntos globais para que essas sanções não sejam mais necessárias”, afirmou.
Ministério russo
Na semana passada, o Ministério de Relações Exteriores russo ordenou que o governo americano reduzisse, a partir do dia 1º de setembro, o número de diplomatas e colaboradores que trabalham em sua embaixada em Moscou e nos consulados de São Petersburgo e outras cidades, até o mesmo número do pessoal diplomático russo nos EUA. Essa medida implica o corte de pessoal diplomático, técnico e de apoio das missões dos Estados Unidos na Rússia até deixá-lo em 455 pessoas.
Um dia antes, o Senado dos EUA, com apoio de republicanos e democratas, havia aprovado o endurecimento das sanções por 98 votos a favor e apenas dois contra. Anteriormente, a Câmara dos Deputados americana já tinha aprovado o projeto de lei por 419 votos a favor e três contra.
O presidente russo, Vladimir Putin, atribuiu na semana passada as sanções a uma “histeria anti-Rússia” nos EUA. Por sua vez, o Ministério de Assuntos Exteriores em Moscou afirmou que as sanções representam “um passo muito sério para a destruição das possibilidades de normalizar as relações”.
Apesar das sanções, Trump tentou melhorar as relações com a Rússia desde a sua chegada ao poder em janeiro deste ano, ainda que essa tentativa tenha se visto eclipsada pela investigação sobre os possíveis laços entre sua campanha e Moscou nas eleições de 2016.