O Departamento do Tesouro americano impôs nesta quarta-feira (09/08) uma nova lista de sanções econômicas contra oito funcionários venezuelanos. Entre eles, está Adán Chávez, irmão do ex-presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013, por seu papel no que Washington diz ser a “ilegítima” Assembleia Nacional Constituinte (ANC).
As sanções, que congelam os ativos que estas pessoas possam ter em solo norte-americano, foram divulgadas uma semana depois de os Estados Unidos colocarem o presidente Nicolás Maduro na “lista negra” internacional.
Além de Adán Chávez, estão na lista Francisco Ameliach, Hermann Escarrá, Tania D'Amelio, Erika Farías Peña, Carmen Meléndez e Darío Vivas, membros da Assembleia Nacional Constituinte, e Vladimir Lugo, comandante da Unidade Especial do Palácio Federal Legislativo na Guarda Nacional Bolivariana, acusado de participar da repressão a manifestações de de Caracas.
“O presidente Maduro investiu nesta Assembleia Constituinte ilegítima para reforçar ainda mais a sua ditadura e continua aumentando o seu controle ao país. O desprezo do regime pela vontade dos venezuelanos é inaceitável e os Estados Unidos são contrários à tirania para que se restaure uma democracia pacífica e próspera”, afirmou Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, em nota enviada aos meios de comunicação.
NULL
NULL
Agência Efe
Steve Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, foi o responsável pelas novas sanções contra venezuelanos
Reações
Os chavistas criticaram a medida. Aém disso, quando, na semana passada, elas atingiram Maduro, o presidente afirmou que elas eram a prova do “ódio” e da “impotência” do mandatário norte-americano Donald Trump.
“São algumas decisões que expressam sua impotência, seu desespero, seu ódio. Expressam o caráter do magnata que é o imperador dos EUA. Não obedeço a ordens imperiais de governos estrangeiros”, disse Maduro em um discurso transmitido por rede nacional de televisão a partir da sede do CNE (Conselho Nacional Eleitoral).
O presidente venezuelano criticou mais uma vez os EUA por se comportarem de maneira imperial na América Latina e no Caribe, atacando os governos da região que não se dobram ao domínio do governo norte-americano. “Ele [Trump] dá ordens que devem ser obedecidas por seus súditos em suas terras imperiais na América Latina e no Caribe”, disse Maduro.
“Eu não obedeço ordens imperiais, não obedeço ordens de governos estrangeiros, nem hoje nem nunca”, afirmou. “Sancionem, imponham as sanções que queiram, mas o povo venezuelano decidiu ser livre e eu sou o presidente de um povo livre, soberano, orgulhoso, patriota, bolivariano e chavista”, enfatizou.