O Ministério de Relações Exteriores do Peru informou nesta sexta-feira (11/08) que decidiu expulsar o embaixador da Venezuela em Lima, Diego Alfredo Molero Bellavia, devido a uma nota de protesto enviada pelo governo venezuelano.
Em comunicado, a Chancelaria peruana informou que considerou como “não recebida a nota de protesto do governo da Venezuela sobre a Declaração de Lima por conter termos inaceitáveis”. “Foi dado a ele o prazo máximo de cinco dias para deixar o território peruano”, afirmou.
A Declaração de Lima, assinada na última terça-feira (08/08) por chanceleres de 17 países da América Latina e do Caribe, incluindo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, afirmou que a ordem democrática na Venezuela foi “rompida”. Além disso, o texto ressalta que ações tomadas pela Assembleia Nacional Constituinte não serão reconhecidas.
No documento enviado por Caracas ao governo peruano, a chancelaria venezuelana classificou a decisão dos representantes dos 17 países de “erro histórico” e disse que estava sendo “persistente” em enviar “o mais absoluto repúdio à reunião”.
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Agência Efe
Peru expulsou embaixador venezuelano Diego Bellavia do país
Já no comunicado divulgado nesta sexta, o governo do Peru reafirmou sua “firme disposição de continuar contribuindo” para o que chamou de “restauração da democracia na Venezuela”.
Horas antes, o chanceler peruano, Ricardo Luna, tinha afirmado que a expulsão definitiva do embaixador da Venezuela no país, em protesto contra o governo de Nicolás Maduro, era uma decisão que seria tomada no “devido momento”.
Além disso, Luna descartou uma reunião de líderes da região pedida por Maduro ontem para retomar o diálogo político na América Latina. Segundo o chanceler, o convite foi “informal” e não havia “clareza” nas palavras do presidente venezuelano. “Esse convite não foi feito com clareza, não se sabe qual é a temática, não se sabe quem está sendo convidado”, afirmou.
Maduro pediu nesta quinta (10/08) a convocação urgente de uma cúpula de chefes de Estado e governo da América Latina e o Caribe para restituir as relações de diálogo no continente. “Não vejo razões para que ninguém se negue a uma cúpula de portas fechadas, já que todos estão falando da Venezuela. Se tivermos que ficar dois dias trancados, falando cara a cara, que façamos isso e busquemos recompor as relações da América Latina”, afirmou Maduro.