O ministro de Assuntos Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, qualificou nesta quarta-feira (16/08) de “inaceitáveis” as ameaças de uma intervenção militar na Venezuela feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“É necessário superar as diferenças pela via pacífica, através do diálogo nacional e sem ingerências exteriores, e dizer que são inaceitáveis as ameaças de intervenção militar nos assuntos internos desse país”, disse após se reunir em Moscou com seu colega boliviano, Fernando Huanacuni.
Trump afirmou na última sexta-feira (11/08) que os Estados Unidos têm “muitas opções para a Venezuela, incluída uma possível opção militar se for necessário”.
Os ministros da Rússia e da Bolívia, aliados do presidente Nicolás Maduro, reiteraram a rejeição a qualquer ingerência exterior nos assuntos da Venezuela.
Agência Efe
Chanceleres boliviano (esq.) e russo se reuniram em Moscou
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Graõs
As autoridades russas anunciaram o envio da primeira carga de 30,5 mil toneladas de grãos à Venezuela desde o porto de Novorossiysk, no sul da Rússia. É a primeira vez que a Rússia exporta grão ao país latino-americano, que tradicionalmente compra esse cultivo dos EUA e Canadá.
Huanacuni aproveitou a reunião com Lavrov para entregar um convite do presidente da Bolívia, Evo Morales, a seu colega russo, Vladimir Putin, para participar da IV Cúpula do Fórum dos Países Exportadores de Gás (FPEG) que a cidade boliviana de Santa Cruz realizará em novembro.
Rússia, Irã, Catar, Argélia, Bolívia, Egito, Guiné Equatorial, Libia, Nigéria, Trinidade e Tobago, Venezuela e Emirados Árabes – países de pleno direito – Holanda, Iraque, Omã, Peru, Noruega, Cazaquistão e Azerbaijão – observadores – são os países que integram a FPEG.
Juntos, eles controlam 42% do fornecimento de gás mundial, 70% de suas reservas provadas, 40% do fornecimento através de gasodutos e 65% do mercado mundial de Gás Natural Liquidificado.