O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou nesta quinta-feira (17/08) como “triste” a retirada de estátuas e monumentos vinculados aos Estados confederados do país, defendidos por grupos supremacistas brancos, após os episódios de violência racista registrados no último fim de semana na cidade de Charlottesville, na Virgínia.
“É triste ver a história e a cultura do nosso grande país sendo destroçada com a eliminação das nossas formosas estátuas e monumentos. Não podemos mudar a história, mas podemos aprender com ela. Robert E. Lee, Stonewall Jackson, quem será o seguinte? Washington? Jefferson? Tão tolo!”, afirmou Trump no Twitter.
Em uma série de mensagens sobre o assunto, o presidente defendeu a permanência dos monumentos, admirados por grupos como o Ku Klux Klan (KKK) e criticados por grupos de defesa civil do país, que os consideram como símbolos da defesa do racismo e da escravidão.
A Confederação foi formada por estados do sul dos EUA pouco antes da Guerra Civil americana, que ocorreu entre 1861 e 1865. Os sulistas defendiam a manutenção da escravidão contra os estados do norte, a União, que queriam a abolição e venceram o conflito.
Agência Efe
“É triste ver a história e a cultura do nosso grande país sendo destroçada”, disse o presidente norte-americano
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Protestos
Os confrontos registrados no fim de semana, que acabaram provocando a morte de uma mulher de 32 anos, começaram com a convocação do protesto “Unir a direita”, organizado contra a retirada de uma estátua do general confederado Robert E. Lee.
Uma manifestação contrária ao ato dos supremacistas terminou com a morte de Heather Heyer. Ela foi atropelada por um neonazista que jogou seu carro contra um grupo antirracismo que criticava o protesto original em defesa da manutenção da estátua.
Há centenas de estátuas e monumentos em homenagens a representantes dos confederados em vários estados dos EUA. Por causa do ocorrido em Charlottesville, várias cidades decidiram retirar esses monumentos das ruas. Em outros locais, eles foram derrubados diretamente pelos moradores.
Trump gerou forte polêmica pela demora em condenar os fatos violentos na Virgínia e depois por ter equiparado os dois lados do incidente.