O presidente da França, Emmanuel Macron, organizou nesta segunda (28/08) seminário com os integrantes de seu governo para reafirmar sua “determinação” no pacote de reformas prometido durante a campanha eleitoral para “consertar o país”, e que começa com a trabalhista, cujo conteúdo será conhecido em detalhe na quinta (31/08).
“É o momento de agir, de fazer transformações, que estão demorando muito”, enfatizou para a imprensa ao término do seminário o primeiro-ministro, Edouard Philippe, que detalhou o calendário e o método das reformas, em um contexto de queda da popularidade do chefe de Estado.
Philippe enfatizou que o “objetivo é simples, começar a consertar o país”, em primeiro lugar com a reforma trabalhista, cujo conteúdo ele mesmo apresentará na quinta ao lado da ministra do Trabalho, Muriel Pénicaud, antes da adoção de cinco decretos pelo Executivo em 20 de setembro.
Essa polêmica reforma, contra a qual alguns sindicatos organizaram uma greve em 12 de setembro e a esquerda radical uma manifestação no dia 23, tem como meta “fazer desaparecer o desemprego em massa”, que ronda 10%, e representará “um grande avanço”, segundo o primeiro-ministro.
Além da nova legislação trabalhista, o governo iniciará no final de setembro um arranjo para a reforma do seguro desemprego e da formação profissional e, em 2018, está programada a das aposentadorias e pensões.
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Agência Efe
Pacote será apresentado nesta quinta
Esta última pretende unificar todos os regimes – na prática eliminar as vantagens dos especiais – para que cada euro pago dê lugar aos mesmos direitos de pensão.
Outro momento crucial das próximas semanas será a apresentação em 27 de setembro do projeto de lei de orçamentos do Estado para 2018 e, um dia depois, o da Previdência Social.
Philippe antecipou que esse orçamento, “de transformação”, integrará as reduções de impostos que já foram divulgadas, em particular cotações sociais, e uma redução dos gastos públicos, mas serão mantidas as despesas em âmbitos considerados prioritários: educação, segurança – frente à ameaça terrorista – e “transição ecológica”.
O premiê francês reiterou que “o país necessita de transformações” e que, se os eleitores tivessem apostado pelo imobilismo, não teriam escolhido Macron. Por isso, Philippe disse que seu governo enfrenta o novo curso político “com confiança, com serenidade e com grande determinação”.