Uma das figuras mais controversas do jogo político, Donald Trump continua a provocar tensões na presidência dos EUA. Desde a eleição, em 2016, o norte-americano se notabilizou por decisões polêmicas: na contramão de Barack Obama, por exemplo, realizou mudanças drásticas na saúde e na regulação econômica. Na área ambiental, desenvolve uma cruzada contra os projetos de proteção climática. No entanto, no âmbito internacional, os primeiros meses registraram uma inversão em termos de orientação estratégica.
“Quando Donald Trump toma posse e começa a instaurar a sua administração, o discurso de tendência mais radical dá lugar a uma postura mais pragmática em relação à política interna e à política externa. Isso se deve, em primeiro lugar, pois há uma dificuldade em governar, pois democratas e setores do Partido Republicano dificultam o trabalho. Além disso, lidar com as Relações Internacionais se mostrou mais complexo que a equipe do presidente imaginava durante a campanha. Então, por exemplo, uma retórica agressiva contra a China ou a União Europeia faz pouco sentido”. Essa é a análise de Antônio Roseira, doutor em Geografia Humana (USP) e professor da UFABC, ao discutir O que o mundo pode esperar de Donald Trump, na Aula Pública Opera Mundi.
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Na Aula Pública, Antônio Roseira discute o futuro dos EUA com Donald Trump
Para o especialista, para analisar o futuro da política externa norte-americana, é necessário compreender as contradições entre o discurso do presidente e os limites físicos impostos pelo Congresso e pela geopolítica internacional. “Muitos dos aspectos que nós imaginávamos que a administração Trump executaria correm risco em razão da incapacidade do governo frente ao Congresso e também aos limites impostos pela complexidade de atores no cenário global”, explica Roseira.
Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Antônio Roseira: o que o mundo pode esperar de Donald Trump?
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No segundo bloco, Antônio Roseira responde perguntas do público da UFABC, em São Bernardo do Campo