O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou neste domingo (15/10) o ataque com caminhão-bomba que deixou pelo menos 215 mortos no sábado (14/10) na capital da Somália. A ação foi supostamente atribuída ao grupo Al Shabat
Em um comunicado de seu porta-voz, Guterres pediu “a todos os somalis que se unam à luta contra o terrorismo e o extremismo violento e trabalhem lado a lado na construção de um Estado funcional e inclusivo”.
O chefe da ONU enviou suas condolências às famílias afetadas e desejou uma pronta recuperação aos feridos, ao mesmo tempo que elogiou os serviços de emergência e os habitantes de Mogadíscio por sua mobilização para atender as vítimas.
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Vários edifícios próximos às explosões ficaram completamente destruídos e os hospitais estão superlotados de feridos, para os quais não há medicamentos suficientes nem de sangue para realizar transfusões.
Guterres reafirmou “o apoio e a solidariedade das Nações Unidas com o povo e o governo da Somália em sua busca por paz e estabilidade”.
União Européia
A alta representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, também se pronunciou e pediu para que o governo da Somália mantenha a “união com o objetivo de vencer o terrorismo”.
“É um dos piores ataques que a cidade já sofreu em mais de uma década e deixou um grande número de vítimas civis inocentes”, enfatizou a política italiana em comunicado, no qual ofereceu “profundas condolências” às famílias afetadas.
Mogherini afirmou que, “neste ponto crítico na história da Somália, a UE reafirma o seu compromisso a longo prazo” com o país e o seu povo.
“Será crucial que o governo permaneça unido para derrotar o terrorismo e reforçar a segurança. As conquistas dos últimos anos, que a comunidade internacional respaldou, devem continuar na Somália”, declarou.
No comunicado, Mogherini pediu que para que o governo federal somali e seus estados “unam esforços para lutar contra o terrorismo e construam paz, estabilidade, prosperidade e inclusão no país”.
Agência Efe
Pelos menos 215 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas após ataque de caminhã-bomba
O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, o que deixou o país sem governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos armados.
Al Shabab, se filiou à rede internacional da Al Qaeda em 2012, controla parte do território no centro e no sul do país e tenta instaurar um Estado islâmico wahabista na Somália e se coloca na oposição do governo somali apoiado pela ONU.
*Com informações da EFE.