Segundo informações do jornal britânico The Guardian, cinco grandes empresas escreveram uma carta em conjunto, endereçada ao ministro britânico, David Davis, cobrando um “período de transição” para a saída do Reino Unido da União Europeia. A justificativa é de que, sem esse tempo, possam ocorrer problemas econômicos graves.
“Precisamos de um acordo sobre arranjos de transição o mais rápido possível, pois sem ele, muitas empresas tem decisões sérias sobre investimentos e planos de contingência a serem realizados no início de 2018”, afirmar documento que o Guardian teve acesso.
Ainda segundo o documento, caso não haja um acordo, há o risco de diminuição de empregos e queda de investimentos. “A falta de um acordo para o período de transição de pelo menos dois anos poderia ter consequências prejudiciais e de grande alcance para o investimento e para o comércio”.
A carta conjunta demonstra o aumento da ansiedade entre as empresas do reino Unido sobre a ausência de negociações após o Brexit, desencadeado pela primeira ministra britânica, Theresa May, há quase sete meses.
Agência Efe
Empresarios pressionaram May para que ela negocie um período de transição com Bruxelas
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Bolsa de Londres também pediu que período fosse negociado
Uma outra advertência havia sido feita na última quarta-feira (18/10), pressionando May para que ela negocie um período de transição com Bruxelas. O principal encarregado da bolsa de Londres, Xavier Rolet, pediu que o governo faça um acordo o quanto antes.
O diretor-geral do London Stock Schange, afirmou em artigo ao jornal britânico Daily Telagraph que é necessário chegar “a um acordo de transição ainda este ano”, assinalando que, caso a medida não seja tomada, as empresas podem começar a aplicar seus planos de migrar suas atividades para outras regiões já em 2018.
“As empresas não podem correr o risco de chegar perto demais do abismo”, disse Rolet. Para ele a opção mais segura é que o setor financeiro tenha a garantia de uma fase de transição que dure ao menos três anos. A proposta de May era a de que fosse criado um período de transição de dois anos, que começasse a valer só em março de 2019.