Mais de 50 mil pessoas se reuniram na última quinta-feira (26/10) na região de Chochabamba, para apoiar uma segunda reeleição do presidente boliviano, Evo Morales, que atualmente cumpre seu quarto mandato. Líderes sociais, camponeses e comerciantes se concentraram na praça 14 de setembro para celebrar os anos de mandato de Evo e pedir que o Tribunal Constitucional do país acabe com o limite de reeleições.
“Temos que unificar todos os departamentos da Bolívia. Nosso chamado é que tenhamos que lutar e organizar que em 2020 o presidente seja novamente candidato a presidência de nosso país”, disse o secretário da Confederação Sindical Única dos Trabalhadores Campesinos da Bolívia, Jacinto Herrera, em comício.
O governador de Chochabamba, Iván Canelas, disse que se aguarda a opinião do Tribunal Constitucional do país, que é o órgão que irá decidir se o Evo poderar se candidatar às próximas eleições presidenciais, que ocorrem em 2019.
NULL
NULL
Em um referendo realizado no fim de fevereiro, o governo propôs uma emenda à Constituição boliviana para permitir a segunda reeleição presidencial no país. A campanha entre o “sim” à emenda, promovida pelo governo, e o “não”, promovida pela oposição com amplo apoio da imprensa, foi acirrada, assim como o resultado final: o “não” venceu com 51,3% dos votos contra 48,7% para o “sim”.
A regra que limita as reeleições foi feita enquanto Morales já ocupava seu primeiro mandato e, como a lei não pode retroagir, a contagem do número máximo de reeleições começou a partir da eleição seguinte, que deu direito ao presidente de exercer seu segundo mandato. Reeleito para um terceiro, ele pede à Justiça que derrube o limite para que possa se candidatar novamente.
Agência Efe
Presidente boliviano está em seu terceiro mandato, que dura até 2020