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Na Aula Pública, Belluzzo defende a articulação entre iniciativa privada e Estado
Explicações simplistas sobre o papel do Estado na economia costumam prejudicar análises mais abrangentes sobre o desenvolvimento do país. É necessário compreender a natureza complexa do mercado a partir da articulação entre governo e iniciativa privada. Separar essas duas dimensões é um erro e impossibilita a busca por soluções para a crise brasileira. Polarizações como "vamos privatizar tudo" servem apenas para atrasar o nosso crescimento.
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Essa é a análise de Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp e ex-consultor de economia da Presidência da República, ao discutir "Privatizar é a Solução para o Estado?", na Aula Pública Opera Mundi. Na aula, Belluzzo explica com os recursos arrecadados com a privatização dos anos 1990, durante os governos de Fernando Henrique Cardoso, foram consumidos pela dívida pública sem que a crise fiscal fosse resolvida.
Além disso, o processo foi acompanhado, inicialmente, por uma hipervalorização do real que resultou numa desindustrialização do país, no mesmo momento em que a China adotava políticas monetárias e cambiais que favoreciam o crescimento da produção de mercadorias industrializadas.
Para Belluzzo, os momentos de maior desenvolvimento do país foram marcados por uma articulação entre ações do Estado e da iniciativa privada. Ao contrário da ideia de que a economia é feita por ações individuais ou a separação entre privado e público, "o mercado é construído por meio de interações, pois a relação constante entre instituições dinamiza a economia", explica Belluzzo.
Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Luiz Gonzaga Belluzzo: privatizar é a solução para o Estado?
Na segunda parte, Luiz Gonzaga Belluzzo responde perguntas do público na Universidade Anhembi Morumbi
"Sobre o tema das privatizações, não podemos ser maniqueístas. Não é possível a constituição do mercado se o governo não garantir a execução dos contratos. Ao longo dos anos, o Estado se imcumbiu de assumir os monopólios naturais, como água, esgoto, ferrovias, estradas e logística, para que o setor privado possa desenvolver. Fórmulas simplistas como 'vamos privatizar tudo' só podem caber na cabeça de Michel Temer", conclui.
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