A economia chinesa cresceu 6,9% em 2017 – um forte aumento após ter registrado no ano passado o seu pior resultado em mais de 25 anos. O anúncio foi feito pelo governo chinês nesta quinta-feira (18/01), dando sinais de uma conjuntura mais favorável para o gigante asiático.
Essa é a primeira vez desde 2010 que a economia chinesa, a segunda maior do mundo, registra crescimento em relação ao ano anterior. Segundo o Escritório de Estatísticas da China, os bons resultados ocorrem em um momento em que uma grande campanha antipoluição afeta a atividade econômica do país.
O crescimento de 6,9% do Produto Interno Bruto (PIB) da segunda economia mundial em 2017 supera em 0,1% a previsão média de analistas. O governo chinês se considera satisfeito, já que esperava, para 2017, uma expansão mais fraca, “em torno de 6,5%”.
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Economia chinesa cresceu 6,7% em 2017
Analistas acompanham esses números com atenção e questionam a confiabilidade do PIB chinês. Há consenso, no entanto, sobre o país já responder por um terço do crescimento econômico mundial.
O que motivou o resultado
De acordo com especialistas, a expansão da economia chinesa em 2017 pode ser explicada pelo aumento das atividades no setor de infraestrutura, investimentos no mercado imobiliário e a facilitação do crédito à população, que permitiu estimular sobretudo as compras online.
A aceleração encontrou diversos obstáculos, como decisões políticas, monetárias e financeiras tomadas por Pequim nos últimos meses. Entre elas, a redução drástica dos investimentos industriais, medidas de austeridade para pagar as dívidas públicas e privadas do país – que ultrapassam 250% do PIB – ou ainda restrições ao setor imobiliário para evitar que os preços subissem demais nas grandes cidades.
No entanto, uma das medidas mais espetaculares de 2017 foi a campanha contra a poluição do ar, um problema frequente nas grandes cidades. Há vários meses, o governo impõe a redução das atividades ou mesmo o fechamento de usinas do norte do país para tentar melhorar a qualidade do ar na China.
(*) Publicado na RFI