O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou nesta terça-feira (22/05) a expulsão do encarregado de negócios dos EUA em Caracas, Todd Robinson. O diplomata, o maior representante diplomático de Washington no país (já que os EUA não têm embaixador em solo venezuelano), tem 48 horas para sair.
Maduro, que foi oficialmente diplomado hoje pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) como presidente para o período 2019-2025, disse que o governo irá apresentar “provas da conspiração no campo militar, econômico e político” dos funcionários norte-americanos.
Mais cedo, Caracas havia divulgado um comunicado em que rechaçava as sanções impostas pelos EUA. Para o governo venezuelano, as medidas fazem parte da “sistemática campanha de agressões e hostilidades do regime estadunidense, que procura castigar o povo venezuelano por exercer seu sagrado e legítimo direito ao voto, mediante medidas ilícitas e ilegítimas que tentam expandir o cerco econômico e financeiro contra nossa pátria, para quebrantar, assim, o direito à autodeterminação do nosso povo e atentar contra seu modelo de desenvolvimento econômico”.
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AVN
Maduro determinou expulsão de funcionários diplomáticos dos EUA
Na segunda (21/05), o chanceler Jorge Arreaza criticou o fato de a administração norte-americana não permitir a liquidação de ativos no país, com o fim de prejudicar a Venezuela.
“Não há medida unilateral, nenhum tipo de pressão desta potência que intimide o povo venezuelano. Vamos seguir com nossos amigos do mundo para seguir abrindo caminhos para a liberdade”, disse.
Quais são as sanções
O presidente Donald Trump assinou na segunda um decreto executivo em que proíbe indivíduos ou entidades agindo nos Estados Unidos de comprar dívidas do governo venezuelano.
Ficam proibidas, assim, todas as transações que envolverem compra de dívida do governo da Venezuela, inclusive financiamento para essas compras. Além disso, o texto proíbe a venda de direitos de participação em entidades em que o governo da Venezuela tenha mais de 50% de participação.