O ministro para Comunicação e Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez, disse nesta quarta-feira (06/06) que os Estados Unidos fazem lobby dentro da OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a Venezuela fazendo uso de “fake news” (notícias falsas). A informação é da agência de notícias AVN.
defendeu abertamente um golpe militar na Venezuela para derrocar o governo de Nicolás Maduro.
O texto, que tem como título “É hora de um golpe na Venezuela”, é assinado por um ex-assistente administrativo da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) durante o governo de George W. Bush, que ficou no poder entre 2001 e 2009. “Somente nacionalistas entre os militares podem restaurar uma democracia constitucional legítima”, afirma.
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Rodríguez disse que EUA usam 'fake news' para desacreditar Venezuela na OEA
Resolução da OEA
A resolução da organização, que foi aprovada com 19 votos a favor, 4 contra e 11 abstenções, diz que as eleições de maio “carecem de legitimidade”, fala sobre a necessidade do que chamou de “medidas urgentes” para solucionar o “crescente número de migrantes e refugiados venezuelanos” e pedia a aplicação dos artigos 20 e 21 da Carta Democrática da Interamericana. Este último versa sobre a suspensão de um país no qual se reconhecesse que houve uma “ruptura democrática”.
O texto, sem este último ponto, precisava de maioria simples (18) para ser aprovada, o que efetivamente aconteceu. No entanto, para que os dois artigos fossem aplicados, havia a necessidade de 24 votos a favor, equivalente a dois terços do total. Caracas vê o fato como uma derrota para EUA, já que Washington não tem os votos necessários para tirar o país.
“Infelizmente estes países não podem ligar para o vice-presidente dos Estados Unidos [Mike] Pence e dizer que cumpriram a missão”, disse o chanceler venezuelano Jorge Arreaza. Entre os que propuseram a resolução, estão Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos, México, Peru, Paraguai, Guatemala e Costa Rica.
Durante a sessão, Arreaza lembrou que a Venezuela, inclusive, já iniciou o processo para se retirar voluntariamente da organização, o que deve estar concluído até 2019. Segundo o chanceler, a OEA não ajuda mais a população latino-americana, mas sim “cria condições para o intervencionismo e a ingerência para violar o direto internacional público”.