Uma manifestação dos estudantes da Universidad Pública de El Alto (UPEA) realizada nesta quinta-feira (14/06) em La Paz, capital boliviana, terminou com episódios de violência e deixou um saldo de cinco policiais feridos e um estudante preso.
De acordo com o vice-ministro do Interior e Polícia da Bolívia, José Luis Quiroga, cinco oficiais de segurança pública ficaram feridos, “um deles em estado grave, uma bomba Molotov explodiu entre suas pernas e produziu queimaduras”.Um estudante que portava coquetéis Molotov e outros tipos de explosivos foi preso.
Os confrontos entre policiais e estudantes ocorreram principalmente nas ruas Colón e Ballivián, a cerca de 100 metros da Praça Murillo, onde ficam o Parlamento boliviano e o Palácio do Governo.
Por volta do meio dia, os protestos se concentraram nos arredores da sede do Canal 7 Bolívia TV, a emissora de televisão estatal do país. Segundo os estudantes, o veículo estaria omitindo fatos sobre suas reivindicações.
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Os confrontos entre policiais e estudantes ocorreram principalmente nas ruas Colón e Ballivián, a cerca de 100 metros da Praça Murillo, onde ficam o Parlamento boliviano e o Palácio do Governo
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UPEA
O protesto de hoje integra uma série de manifestações estudantis que vem acontecendo no país e que registraram um aumento dos episódios de violência depois do dia 24 de maio, quando o estudante Jonathan Quispe foi morto em enfrentamentos com a polícia.
Segundo os estudantes, Quispe foi atingido por arma de fogo disparada pelos policiais. O governo nega a utilização de qualquer tipo de armas letais durante manifestações e sustenta a hipótese de que o disparo teria vindo dos próprios manifestantes.
Reivindicações
As negociações entre governo e a reitoria da UPEA cessaram após a universidade recusar a proposta do governo de aumentar de 40 milhões para 70 milhões de Bolivianos o valor do subsídio para corrigir o déficit da universidade pública.
Segundo Salvador Gonzales, secretário executivo dos professores da UPEA, o déficit desta gestão chega a 168 milhões. Gonzales ainda afirma que a quantia oferecida pelo governo não resolve o problema e que os docentes insistirão “na destituição do ministro de governo Carlos Romero pela morte de Jonathan Quispe”.
O presidente do Senado boliviano, Alberto Gonzales, enviou nesta quinta-feira (14/06) uma carta ao reitor da UPEA, Ricardo Nogales, convocando o acadêmico para retomar o diálogo e suspender as manifestações violentas.