O último programa de assistência financeira da União Europeia
(UE) à Grécia terminou nesta segunda-feira (20/08), após 8 anos de parceria.
O país recebeu 288,7 bilhões de euros entre os anos de 2010
e 2018 com o intuito de sanar uma das piores crises financeiras de sua história
que, segundo Atenas, acabou.
Dessa quantia, 256,6 bilhões vieram da UE e 32,1 bilhões, do
Fundo Monetário Internacional (FMI), que, em conjunto com a Comissão Europeia e
o Banco Central Europeu, formaram a troika, que impôs uma série de políticas de
austeridade implantadas pelo governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras.
NULL
Troika impôs uma série de políticas de austeridade implantadas pelo governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras
“A conclusão do programa de estabilidade marca um momento importante para a Grécia e para a Europa”, afirmou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Em 2015, Atenas assinou o último programa de financiamento que compreendia 61,9 bilhões de euros. O governo da Grécia teve que implementar um programa de austeridade imposto pela troika que envolvia redução de aposentadorias, aumento de impostos, corte nos gastos públicos e privatizações.
Criticado pelo próprio partido, Tsipras rompeu com parte do socialista Syriza para conseguir aprovar as medidas e dar continuidade ao recebimento do auxílio.
A Grécia continuará sob vigilância por alguns anos e deve legislar novas reformas para 2019 e 2020. O país teve um superávit orçamentário de cerca de 4% nos anos de 2016 e 2017 e hoje enxerga uma queda no desemprego na casa dos 20%, diferente dos 27,5% registrados em 2013.