Atualizado em 26/04/2018 às 11:30
Por meio de um decreto da legislatura do estado da Pensilvânia, datado de 29 de abril de 1864, é constituído o Ashmun Institute, o primeiro colégio criado especialmente para estudantes afro-americanos.
Estabelecido em meio às ondulantes campinas de Chester, condado do sul da Pensilvânia, o Ashmun Institute teve o seu nome designado em homenagem a Jehudi Ashmun, o agente dos Estados Unidos que ajudou a reorganizar e preservar a combativa colônia afro-americana na África que posteriormente evoluiu para a independente nação da Libéria.
O Ashmun Institute, instituído para fornecer formação teológica, clássica e científica para os filhos das famílias negras norte-americanas, abriu suas portas em 1º de janeiro de 1865. John Pym Carter foi indicado como o primeiro presidente do colégio. Em 1866, o nome da instituição foi mudada para Lincoln University em homenagem ao presidente Abraham Lincoln, que havia liderado a abolição da escravatura e que tinha sido recentemente assassinado.
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Criado em 1854, na Pensilvânia, o Ashmun Institute proporcionava estudo de graça para jovens negros norte-americanos
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Antes da Guerra de Secessão, educação formal de nível médio para estudantes afro-americanos era vitualmente inexistente. Os raros que haviam recebido educação escolar, como Fredrick Douglass, com frequência estudaram em estabelecimentos informais e por vezes hostis aos negros. Muitos deles, ansiosos por avançar em seus conhecimentos, tiveram que se contentar com um completo autodidatismo.
Existiam algumas escolas de ensino fundamental, como o Instituto para os Jovens de Cor, estabelecimento de ensino criado por um grupo de quakers da Filadélfia e cujas atividades se iniciaram no começo dos anos 1830. Uma educação colegial também estava disponível à época para um limitado número de estudantes negros em escolas como o Oberlin College em Ohio e o Berea College no Kentucky.