Atualizado em 19/08/2016 às 17h52
Esboçado em 20 de agosto de 1993, os Acordos de Oslo estabeleceram uma série de comprometimentos firmados entre o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin e o presidente da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) Yasser Arafat, tendo como mediador o presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.
O trato — negociado secretamente na Noruega durante vários meses entre representantes israelenses e palestinos — primeiramente foi assinado em Taba (na península do Sinai, Egipto) por Israel e OLP em 24 de setembro de 1995 e então quatro dias mais tarde em 28 de setembro de 1995.
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Rabin (à esquerda), aperta a mão de Arafat, observados por Clinton. Acordo foi fermentado em Oslo e assinado em 1995
Os acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém. Além disso, a recém criada Autoridade Nacional Palestina era reconhecida, enquanto esta reconheceu o direito de Israel de existir.
Foram criadas três territórios na região: uma A, sob controle civil e militar da ANP; B, a maior em termos de população, sob controle civil e militar israelense e uma C, sob controle total de Israel.
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Jerusalém era reconhecida como a capital dos dois países, numa forma a ser ainda decidida no futuro. Cinco semanas depois da assinatura dos últimos acordos Rabin foi assassinado por um extremista de direita israelense. Os conservadores israelenses jamais se conformaram com ele, e Arafat também passou a ter dificuldades políticas para manter sua liderança entre os palestinos.
Ainda assim um novo esforço foi feito para implementar os acordos quando do governo trabalhista de Ehud Barak, mas sem sucesso. Barak e Arafat não entraram em acordo e o clima para tanto se desfez quando Ariel Sharon, num gesto provocativo, visitou a principal mesquita dos muçulmanos em Jerusalém, o que levou os palestinos a uma nova intifada, revolta sagrada.
As negociações, num clima de crescente deterioração e confronto, só seriam retomadas depois da morte de Arafat, e até hoje os acordos de Oslo, na prática, permanecem letra morta.
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