O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, disse nesta quinta-feira (14/04) que o prazo máximo para as tropas australianas permanecerem no país será 2012. Horta rechaçou a recomendação feita pelo instituto australiano de estratégia, denominado Australian Strategic Policy Institute, para que militares ficassem até 2020. Para o presidente, a situação no Timor Leste é “positiva”.
Por decisão do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), em comum acordo com a Unmit (Missão das Nações Unidas), as tropas estrangeiras, sobliderança da Austrália, serão retiradas do Timor Leste em 2012, depois das eleições presidenciais.
“Hoje são menos de 500 homens e mulheres na Força de Estabilização Internacional, e apenas duas companhias são operacionais. As outras são de serviços de apoio e isso mostra que a situação é de calmaria no Timor Leste”, afirmou o presidente.
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Porém, Ramos-Horta admitiu que há aspectos a melhorar no Timor Leste, especialmente nas áreas de forças policiais e militares. Mas, segundo ele, esses esforços devem partir do Estado. “Acredito que, no decorrer deste ano, vamos consolidar ainda mais a reforma das instituições de defesa e segurança, modernizá-las e profissionalizá-las”, disse.
Com menos de 12 anos como país independente e pouco mais de um milhão de habitantes, o Timor Leste ainda busca sua reestruturação. Segundo Ramos-Horta, a tensão no campo político é “quase inexistente”. Mas ele lembrou que, no próximo ano, quando ocorrerem eleições presidenciais, o clima eleitoral pode provocar mudanças.
Pelo relatório do Australian Strategic Policy Institute, o ideal é manter os militares australianos no Timor Leste até 2020, contrariando avaliações das entidades políticas timorenses. O assunto será tema de uma reunião na sexta-feira (15/04) das autoridades do Timor Leste com o ministro da Defesa da Austrália, Stephen Smith.
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