Em 14 de maio de 1948, o presidente da Agência Judaica David Ben-Gurion proclama em Tel Aviv o Estado de Israel, estabelecendo o primeiro Estado judeu em 2 mil anos. “Nós proclamamos por este ato o estabelecimento do Estado Judeu na Palestina, que se chamará Israel”, disse em uma cerimônia no Museu de Arte, Ben-Gurion, que tornou-se o primeiro premiê do novo Estado.
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À distância, o ruído dos tiros podiam ser ouvidos do conflito que imediatamente eclodiu entre judeus e árabes, assim que o exército britânico se retirou mais cedo naquele dia. No dia seguinte, forças do Egito, Transjordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram por terra, enquanto o Egito lançou um ataque aéreo.
Israel tem suas origens no movimento sionista, criado no final do século XIX pelos judeus que viviam no Império Russo e que reclamavam o estabelecimento de um espaço territorial judaico após séculos de perseguição. Em 1896, o jornalista judio-austríaco Theodor Herzl publicou um panfleto político chamado ‘O Estado Judeu’, que sustentava que a criação de um Estado judeu era o único meio de proteger os judeus contra o anti-semitismo. Herzl tornou-se o líder do sionismo, reunindo o primeiro congresso sionista na Suíça em 1897. A Palestina, controlada então pelo Império Otomano, foi escolhido como o lugar mais desejável para sua localização por ser o lar bíblico do povo judeu.
Após a Revolução Russa de fevereiro de 1905, crescentes contingentes de judeus russos e da Europa Oriental começaram a imigrar para a Palestina, juntando-se aos poucos milhares que haviam chegado antes. Os colonos judeus insistiam no uso do idioma hebraico em vez do idisch, a língua dos judeus ashkenazi da Europa. Com o colapso do Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial, os britânicos tomaram a Palestina como protetorado. Em 1917, Londres publicou a “Declaração Balfour”, que afirmava a intenção de estabelecer um ‘lar judeu’ na Palestina. Apesar do protesto dos Estados árabes, a declaração foi incluída no mandato britânico sobre a região, autorizada pela Liga das Nações em 1922.
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Com isso, árabes e judeus deram início em 1929 a um enfrentamento aberto na Palestina. A Grã Bretanha, na tentativa de apaziguar os árabes, tentou limitar a imigração judaica. Como resultado do Holocausto, muitos judeus entraram ilegalmente na Palestina durante a Segunda Guerra Mundial. Grupos judaicos radicais passaram a empregar o terrorismo contra as forças britânicas, sob a alegação de estarem traindo a causa sionista. Após o término da Segunda Guerra Mundial, diante das atrocidades nazistas contra os judeus vindas a público em 1945, a União Soviética e os Estados Unidos aceitaram adotar a causa sionista. A Grã Bretanha, incapaz de encontrar uma solução, transferiu o problema para as Nações Unidas, que em novembro de 1947 aprovou a Partilha da Palestina.
Os sionistas tomaram posse de mais da metade da Palestina embora englobassem menos da metade da população local. Os árabes enfrentaram as forças sionistas, contudo em 14 de maio de 1948, os judeus já tinham garantido o controle de sua área da Partilha e também da parte árabe.
Assim, os israelenses conseguiram derrotar os árabes e ocuparam territórios chaves como a Galileia, a costa palestina e uma faixa ligando a região costeira com Jerusalém. Em 1949, um cessar-fogo patrocinado pela ONU propiciou a Israel o controle permanente das áreas conquistadas. A expulsão pela força de centenas de milhares de palestinos de seus lares durante a Guerra deixou o país com uma substancial maioria populacional judaica.
Durante a Guerra dos Seis Dias, mais uma vez Israel aumentou suas fronteiras, capturando da Jordânia, Egito e Síria, a cidade velha de Jerusalém, a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Alturas de Golã. Em 1979, Israel e Egito assinaram um acordo de paz pelo qual Israel devolveu o Sinai em troca do reconhecimento egípcio. Israel e a Organização pela Libertação da Palestina assinaram um acordo de paz em 1993, visando a implementação do Estado palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. O processo de paz não avançou e a partir de 2000 o conflito entre israelenses e palestinos se acirrou em Israel e, principalmente, nos territórios ocupados.
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