Isabel da Áustria, esposa do imperador da Áustria-Hungria, Francisco José I, é apunhalada em 10 de setembro de 1898, em Genebra, por um anarquista italiano, Luigi Lucheni, e acaba falecendo.
A beleza era o principal atrativo de Sissi, como era conhecida a imperatriz. Segundo Brigite Hamann, sua biógrafa, a tez marmórea, os longos cabelos até os joelhos, a esbelteza e o sorriso de fada tornavam-na irresistível ainda na adolescência. Quando o jovem imperador austríaco Francisco José da Áustria procurou uma esposa à altura de sua posição social, Sissi foi a eleita, em detrimento da irmã mais velha, Helene, que já havia sido prometida ao imperador.
Francisco José e Isabel tiveram quatro filhos: a primeira morreu cedo, depois veio a duquesa Gisela, o príncipe herdeiro Rudolph e, em seguida, a última duquesa, Marie-Valerie, que sobreviveu a todos.
Sissi em quadro pintado por Franz Xaver Winterhalter
Poliglota, amante da arte e da natureza, Isabel achava o marido enfadonho, por ser extremamente consciente de seus deveres. Em sua vida dedicada ao culto da beleza corporal, à estética e à cultura, Sissi não tinha lugar para obrigações maternas ou atividades representativas.
Dedicou-se de maneira distinta a seus filhos. Quase não cuidou de Rudolph e ignorou Gisela completamente. Já Marie-Valerie era a filha predileta. Os outros dois cresceram bastante solitários. Portanto, não pôde ser classificada pelos historiadores como uma grande mãe.
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A odiada vida na corte desgastou os nervos de Isabel. Viciada em dietas para emagrecer, refugiava-se em infindáveis viagens. Praticamente andava sumida da corte de Viena. O suicídio do filho Rudolph em Mayerling serviu-lhe de pretexto para abandonar de vez a vida pública. Nasceu aí o mito da bela misteriosa e inacessível.
Era uma mulher extremamente vaidosa, muito egocêntrica e narcisista. O declínio de sua beleza doeu-lhe muito. Por exemplo, o que ninguém sabia é que ela tinha dentes postiços, fato que escondeu cuidadosamente. Com o correr dos anos, o rosto se enrugou e seus lindos cabelos se foram.
Na juventude, Isabel fez questão de documentar e publicar sua beleza em retratos. Mas os rastros de sua velhice ninguém deveria ver. Realizou a façanha de manter-se viva na memória popular como eternamente jovem. Não há retratos dela depois do trigésimo aniversário. Os quadros anteriores eram retocados e vendidos como atuais.
Afundada na solidão, confiava ao diário o que sempre escondeu do imperador Francisco José I. “Perambulo solitária sobre a Terra, há tempo alienada da vida e do prazer; não tenho e nunca tive alma que me entendesse”, escreveu pouco antes de morrer.
Em 10 de setembro de 1898, quando passeava às margens do Lago Léman, em Genebra, a imperatriz foi apunhalada no coração com um estilete pelo jovem anarquista italiano Luigi Lucheni. A esta altura, porém, Sissi era uma velha desiludida, que há tempo já havia criado seu mito de beleza imortal.
Com informações de Catrin Mörderler
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