A sentença imposta a Shaima Jastaina por dirigir um carro na Arábia Saudita — dez chibatadas — foi cancelada pelo rei Abdullah, de acordo com a princesa saudita Ameerah Altaweel, esposa do príncipe Al-Waleed bin Talal. Defensora dos direitos das mulheres, a princesa revelou nesta quarta-feira (27/09) o perdão do rei pela sua conta no Twitter.
“Graças a Deus, as chibatas contra Shaima foram canceladas. Graças ao nosso adorado rei. Tenho certeza que as mulheres sauditas ficarão felizes, eu estou”, escreveu Ameerah. “Tenho orgulho de ser saudita. Obrigada a todas as sauditas por seus esforços”, continuou.
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Shaima Jastaina, de 30 anos, foi declarada culpada nesta terça-feira (27/09) por dirigir sem permissão do governo em Jeddah, em julho. Normalmente, a polícia apenas para as motoristas, as questiona e as deixa ir depois de assinarem uma promessa de que não cometerão a infração novamente.
Em maio desse ano, Manal al-Sharif, de 32 anos, uma consultora de
segurança digital, foi detida em Jobar, no leste do reino, após divulgar
no YouTube um vídeo em que ela estava dirigindo. Manal foi liberada
pela polícia algumas horas depois, mas a polícia criminal a prendeu
novamente em sua casa dias depois.
No domingo (25/09), mesmo dia em que o rei Abdullah anunciou a permissão para que mulheres votem e sejam votadas na Arábia Saudita, as autoridades do país denunciaram Waleed Aboul Khairpor por dirigir sem permissão.
Ao contrário do que é frequentemente noticiado, não há nenhuma lei que
explicite a proibição para mulheres dirigirem na Arábia Saudita. Mas o
reino se recusa a emitir carteiras de motorista para mulheres, temendo
que a ampliação dos direitos civis leve a “problemas sociais”. A Arábia
Saudita é o único país do mundo onde as mulheres são proibidas de
dirigir.
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