O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, acusou nesta quinta-feira (08/12) a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, de instigar os opositores russos aos protestos pelos resultados das eleições parlamentares do último domingo.
Hillary “marcou a pauta e enviou o sinal para alguns personagens do país. Eles ouviram o sinal e apoiados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos começaram a trabalhar ativamente”, apontou Putin em reunião com os membros da Frente Popular da Rússia.
Na terça-feira, a secretária de Estado americana disse em alusão ao pleito russo que “as eleições não foram nem livres, nem justas” e menosprezaram a confiança da cidadania em suas instituições.
“Vi a primeira reação de nossos parceiros americanos. O primeiro que fez a secretária de Estado foi dizer que (as eleições) não tinham sido limpas e justas, e isso que ainda não tinha em seu poder o relatório dos observadores do Escritório para as Instituições Democráticas e os Direitos Humanos (ODIHR)”, indicou.
Putin ressaltou que “aqueles que (nos atos de protesto nas ruas) atuam dentro da lei devem ter a possibilidade de exercer seu direito”, mas “as forças da ordem pública também devem cumprir suas funções”.
O chefe do Governo russo destacou que para ele parece normal o envio de dinheiro a partir do exterior para apoiar projetos humanitários, mas “nos fazer parar pensar quando o dinheiro investido a partir do exterior é para ser usado para atividade política interna do país”.
“É inadmissível o investimento de dinheiro externo em processos eleitorais”, sentenciou.
Para Putin, a Rússia “é e seguirá sendo uma grande potência nuclear, o que gera certos temores de nossos sócios”.
O líder do Governo russo acredita que tentam desestabilizar a Rússia “para que não nos esqueçamos quem são os donos do planeta e quem tem em suas mãos as alavancas da influência”.
NULL
NULL
NULL