O pré-candidato norte-americano Newt Gingrich, novo favorito nas enquetes do Partido republicano para concorrer contra a reeleição de Barack Obama à Presidência, disse nesta sexta-feira (09/12) que os palestinos são “um povo inventado” e os resumiu a um “grupo de terroristas”. Gingrich, diplomado em história, concedeu uma entrevista ao The Jewish Channel, um canal de televisão da comunidade judaica norte-americana. As informações são da agência de notícias France Presse.
“Estamos na presença de um povo palestino inventado, que foi um povo árabe e historicamente fez parte da comunidade árabe”, afirmou o pré-candidato,sobre a aspiração palestina de ter um Estado próprio.
Efe
O pré-candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Republicano, Newt Gingrich
Gingrich, ex-presidente da Câmara de Representantes e que liderou um movimento para tentar o impeachment do ex-presidente Bill Clinton (1994-2000), acusou a ANP (Autoridade Nacional Palestina), comandada pelo grupo Fatah, de compartilhar com seu adversário político interno, o movimento islâmico Hamas “um desejo enorme de destruir Israel”. A ANP, comandada por Mahmoud Abbas, reconhece o direito de existência do Estado judeu, ao contrário do Hamas.
Para Gingrich, os Estados Unidos também não deve ser imparciais nas negociações de paz no conflito entre Israel e Palestina. “Ser imparcial entre uma democracia que respeita o Estado de direito e um grupo de terroristas que lança foguetes diariamente não é imparcialidade, é favorecer os terroristas”, afirmou.
Gingrich diz acreditar que o governo Obama, que sofre severas críticas dos palestinospor ser acusado de favorecer excessivamente Israel, está sendo iludido sobre sua situação no Oriente Médio.
Disputa
Gingrich anunciiou sua intenção de concorrer à Presidência em maio, e aparece em primeiro lugar nas pesquisas de opinião entre os norte-americanos. Ele chegou à liderança após a desistência do empresário Herman Cain, envolto em escândalos sexuais. O ex-governador do Texas, Rick Perry, também já chegou a liderar as enquetes, mas depois de cometer uma gafe em um debate, quando não soube citar o nome de uma agência governamental que extinguiria, teve suas chances pulverizadas.
Na última pesquisa, divulgada na quinta-feira (08/12)pelo Instituto Gallup, Gingrich está com 37%, bem na frente do ex-governador de Massachussets, Mit Romney,com 23%. Ron Paul está em terceiro, com 8%, seguido por Perry e Michelle Bachmann, com 6%.
Quando era líder do Congresso, tentou o impeachment de Clinto em razão do escândalo sexual envolvendo o então presidente demorata com sua estagiária, Mônica Lewinsky.
Mas, paralelamente, descobriu-se que ele também tinha um affair com a assessora Callista Bisek. Callista admitiu que o caso existia desde 1993, quando Gingrich ainda era casado. O episódio desgastou o deputado, que foi obrigado a deixar a presidência da Câmara. Os dois acabaram casando-se em 2000. Ela o fez converter-se ao catolicismo em 2009 e ambos presidem uma empresa de multimídia.
*Com agências.
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