Em 17 de dezembro de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, o general norte-americano Henry Pratt emitiu a Proclamação Pública 21, que entraria em vigor em janeiro de 1945 fazendo com que os nipo-americanos em campos de concentração retornassem às suas casas.
O objetivo era deslocá-los para instalações de extrema segurança, fechados com arame farpado, vigiados por guardas armados e situados em locais afastados dos grandes centros urbanos. As tentativas de fuga resultavam no abatimento dos reclusos.
Em 19 de fevereiro de 1942, dez semanas após o ataque japonês a Pearl Harbor, o presidente Roosevelt autorizou a remoção de toda e qualquer pessoa de áreas militares. Os militares norte-americanos consideraram então toda a Costa do Pacífico como área militar. Por volta de junho, cerca de 120 mil nipo-americanos foram deslocados para campos de internamento remotos, construídos pelas forças armadas em locais espalhados pelo país.
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Os Estados Unidos justificaram a ação alegando que havia perigo dos descendentes de japoneses serem espiões de Tóquio. No entanto, mais de dois terços dos internados eram cidadãos norte-americanos e metade deles eram crianças. Membros de uma mesma família foram separados e colocados em campos diferentes. Eles foram autorizado a levar apenas algumas posses. Em muitos casos tinham sido dadas apenas 48 horas para evacuar suas casas. Caçadores de fortuna lhes ofereciam ninharias para os bens que não podiam levar consigo.
Nos dois anos e meio que se seguiram muitos desses nipo-americanos sofreram condições de vida extremamente difíceis que acompanhavam um cruel tratamento dos guardas militares.
Alguns internados morreram devido a cuidados médicos inadequados e a um alto nível de estresse emocional. Aqueles levados para campos em áreas desérticas tiveram que lidar com extremos de temperatura.
Em 1943 todos os internados com mais de 17 anos fizeram um teste de lealdade. Tinham de responder a duas perguntas: se estavam dispostos a servir nas forças armadas dos Estados Unidos em condições de combate sempre que ordenado ou, no caso das mulheres, se estavam dispostas a trabalhar como enfermeira.
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Durante o curso da Guerra, dez norte-americanos foram condenados por espionagem a favor do Japão, mas nenhum deles tinha ascendência japonesa. No final da guerra alguns permaneceram nos Estados Unidos e reconstruíram suas vidas enquanto que outros foram implacáveis e viajaram ao Japão.
Em 1988, o presidente Reagan assinou uma lei recompensando todo internado ainda sobrevivente com um cheque de 20 mil dólares, acompanhado de desculpas do governo de Washington.
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