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Mudança irritou setor do turismo nas ilhas, que agora oferecem “réveillon de 48 horas”
Em alguns estados do Brasil, por volta do mês de outubro, é comum adiantarmos o relógio em uma hora por causa do horário de verão. O objetivo alegado pelo governo é que a população aproveite melhor a luz do sol e economize energia.
Pois Samoa, um pequeno país localizado no Oceano Pacífico, resolveu radicalizar a idéia de “alterar” o tempo e vai pular um dia inteiro no calendário. Oficialmente, os samoanos não terão a próxima sexta-feira (30/12), pulando diretamente para o sábado (31), véspera do ano novo.
Nesse caso, o argumento utilizado pelo governo local não é economia de energia, mas também é econômico. Com a mudança, Samoa pretende “entrar” no mesmo dia que Austrália e Nova Zelândia, facilitando negócios com seus principais parceiros comerciais.
Isso acontece porque até hoje Samoa é o último país antes da Linha Internacional da Data, linha imaginária que fica no meio do Pacífico e determina quando um dia termina e o outro começa. Com isso, o país deixará de ser o último a celebrar a chegada do ano novo para se tornar um dos primeiros.
A mudança, contudo, desagradou o setor de turismo da ilha, já que Samoa era conhecido como o último país do mundo a ver o por do Sol. Eles reclamam que ser o primeiro país a chegar em 2012 não tem o mesmo romantismo de ser o último, além do fato de todos os panfletos terem de ser refeitos.
“Durante anos temos negociado bem com a Austrália e a Nova Zelândia, apesar da diferença de tempo”, reclamou Valentina Tufuga ao jornal Samoa Observer. “Eu acho que vai ser apenas uma grande perda para o setor do turismo”.
Mas alguns empresários do setor encontraram uma solução criativa para contornar a mudança e passaram a vender a ideia de um “réveillon de 48 horas”, já que a vizinha Samoa Americana continuará do lado de lá da Linha da Data. Quem estiver nesse longínquo ponto do Oceano Pacífico poderá passar de 2011 para 2012 cruzando apenas alguns quilômetros.
*Com informações da CNN e do Huffington Post.
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