O presidente do Colégio de Professores do Chile, Jaime Gajardo, denunciou a expulsão de três mil estudantes de seus colégios e a dispensa imposta a centenas de professores por participarem em mobilizações contra o atual modelo educacional.
Gajardo apontou que em certos municípios há uma verdadeira operação de “castigo” contra os alunos e docentes que apoiaram o Movimento Social pela Educação Pública e Gratuita.
“Temos conhecimento de que este tipo de decisão obedece a ordens de alguns prefeitos e são operadas através dos diretores das escolas”, sublinhou um comunicado enviado pelo grêmio magisterial ao ministro de Educação, Harald Beyer.
“Existem dirigentes estudiantis e de outras organizações — inclusive o ministério — nesta operação de caráter político e acreditamos ser importante que o Sr. esclareça o quanto antes estas versões que circulam”, exigiram os professores.
Paralelamente Gajardo destacou que, além do cancelamento de matrículas de alunos que protagonizaram ocupações de seus centros docentes, há uma política de demissões em massa de docentes e outras arbitrariedades quanto ao pagamento salarial, situação que afeta em particular a uns quatro mil professores. Também denunciaram práticas antissindicais por parte dos que mantém os colégios, agregou o líder gremial.
Gajardo falou sobre o que está acontecendo e como isso demonstra cada vez mais a necessidade de erradicar o lucro no sistema de ensino no Chile. “O lucro traz consequências nefastas”, enfatizou.
NULL
NULL
NULL