Efe
Peter Chan ao lado das “ladyboys”; “Esse é o sonho delas. Todo mundo precisa ter esse direito, é um direito humano”
Uma companhia aérea da Tailandia se tornou neste ano a primeira no mundo a ter uma política de contratação de comissárías de bordo transexuais. A PC Air, que entrou em operação no último mês de dezembro, também já contratou um piloto que nasceu mulher, mas escolheu se transformar em homem.
Apesar de a Tailândia ser um dos países onde a transexualidade é mais aceita socialmente, o fundador da companhia, Peter Chan, diz ter se deparado com uma “questão de direitos humanos”. Isso porque os transexuais têm dificuldade para encontrar trabalho fora do setores de entretenimento ou cosméticos.
“As ladyboys [como são chamadas as aeromoças transexuais] não conseguem bons empregos na Tailândia”, disse Chan ao jornal britânico The Guardian. “Elas trabalham como dançarinas ou em lojas, porque a sociedade não as aceita em outros trabalhos”.
O empresário disse esperar que seu país e o mundo deixem de lado o preconceito e passe a aceitar os transexuais. Sua companhia começou a atuar no mercado com voos de Bangkok para Vientiane, no Laos, e pretende expandir as operações para outros países do sudeste asiático, além de China, Japão e Coreia do Sul.
“Esperamos que este trabalho mude as coisas, que esta seja a primeira de outras oportunidades”, disse Chayathisa Nakmai, 24, que fez a cirurgia de troca de gênero após deixar a escola. Ela disse que sempre somhou se tornar uma comissária de bordo.
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