O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, acusou a Argentina nesta terça-feira (18/01) de “colonialismo” por sua insistência em reivindicar as Malvinas e informou que convocou o Conselho Nacional de Segurança de seu país para abordar a situação nas ilhas.
Na sessão semanal de perguntas ao primeiro-ministro na Câmara dos Comuns, Cameron disse que pretende assegurar o respeito à autodeterminação dos moradores do arquipélago que os britânicos chamam de Falklands.
O líder conservador afirmou que decidiu reunir o conselho, formado por militares e políticos e que ele mesmo presidiu, para “assegurar que as defesas e tudo o mais está em ordem”.
A Argentina reivindica a soberania das ilhas Malvinas e outras ilhas próximas desde 1833, quando foram ocupadas com o uso da força pelo Reino Unido, o mesmo que acusa agora os argentinos de colonialismo.
“O que os argentinos estiveram dizendo recentemente é muito mais colonialismo porque os kelpers (como os britânicos chama os habitantes das ilhas) querem continuar sendo britânicos e os argentinos querem que eles façam outra coisa”, afirmou o chefe do Governo.
Há dez dias, Cameron já tinha dito que descartava uma negociação com a Argentina sobre a soberania das Malvinas e disse que seu país deve manter sempre a “vigilância” das ilhas, em clara referência à decisão de vários países latino-americanos de bloquear o acesso a seus portos de navios com bandeira malvinense.
Em uma cúpula realizada em dezembro em Montevidéu, os países do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – acordaram bloquear o acesso a seus portos de navios com bandeira das Malvinas.
Este ano, a guerra que os países enfrentaram pela posse das Malvinas completa 30 anos, depois que os militares argentinos ocuparam a ilha em 2 de abril de 1982. O conflito armado terminou em 14 de junho daquele ano com a rendição da Argentina.
No conflito bélico morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos. No próximo mês, o príncipe William, segundo na linha de sucessão à coroa britânica, viajará às Malvinas para realizar treinamentos como piloto de helicóptero de resgate.
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