A onda de frio polar que castiga a Europa provocou até agora 122 mortes na Ucrânia, informou neste sábado (04/02) o Ministério de Emergência do país. Das vítimas do frio, 78 morreram na rua, 26 em suas casas e 32 em hospitais, detalhou o ministério à agência de notícias ucraniana Unian.
Nas últimas 24 horas, 21 pessoas morreram por hipotermia. Até agora, segundo as autoridades do país, que contabilizam o número de vítimas desde a última sexta-feira (03), 2.036 pessoas se dirigiram a centros de saúde com sintomas de hipotermia e congelamento parcial, das quais 1.591 foram hospitalizadas.
As autoridades habilitaram até agora cerca de 3 mil espaços com calefação para que os cidadãos possam se proteger do frio.
Efe
Ruas europeias estão tomadas pela neve
Diante da gravidade da situação, o Ministério da Saúde proibiu os hospitais de dar alta aos pacientes sem-teto até que o fenômeno meteorológico não passe.
Segundo as previsões, a onda de frio terminará definitivamente neste fim de semana, quando as temperaturas subirão até entre 10 e 15 graus negativos, mais frequentes para esta época do ano.
Polônia
A situação é crítica também na Polônia onde oito pessoas morreram na última noite por causa do intenso frio. Com isso, eleva-se a 45 o número de mortos por congelamento ou hipotermia durante a onda de frio polar que afeta o país centro-europeu há uma semana.
O número total de mortos na Polônia pelo frio desde novembro já chega a 83, lembrou neste sábado (04/02) o Ministério do Interior polonês. Novamente a maioria das vítimas foi sem-teto.
Efe
Moradores de rua estão sendo levados aos abrigos para escapar do frio
“Durante as geadas é preciso prestar atenção nas pessoas que vivem em lugares sem calefação. Também durante este período merecem uma atenção especial os idosos que estão sozinhos”, disse a porta-voz do ministério, Malgorzata Wozniak.
A polícia mantém um dispositivo especial e patrulha as áreas nas quais habitualmente os sem-teto ficam, oferecendo comida quente e a possibilidade de serem levados a um abrigo.
As temperaturas deste sábado se suavizavam ligeiramente e as mínimas se situavam em aproximadamente 30 graus negativos.
Crise energética
A tensão, no entanto, tomou conta dos países europeus que sofrem com a onda de frio depois que o Gazprom, gigante russo de setor de gás, informou também neste sábado que não pode garantir o fornecimento de uma demanda adicional do produto.
O diretor adjunto da empresa, Alexandre Krouglov, afirmou às agências de notícia russas que a empresa terá de oferecer uma quantidade maior de gás para aquecer os lares da Rússia, que também sofre com a onda de frio. Com isso, segundo ele, não será possível aumentar a exportação para países da Europa Ocidental. Krouglov garantiu, no entanto, o cumprimento dos contratos em vigor.
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